terça-feira, 3 de agosto de 2010

Nada passa...

Eu tô bem. Eu tô bem, era assim mesmo que tinha q ser, era inevitável. Engraçado porque no começo eu era inevitável, e agora o fim é q se tornou inevitável. Não, não é engraçado, nem um pouco, e eu tenho pesadelos todas as noites com uma porteira de uma pizzaria seduzindo aquele que foi minha alma gêmea desde sempre. É minha culpa? É minha culpa. É o destino esse filha-da-puta! Não é culpa de ninguém. Alguém tem uma morfina aí? Obrigada. Alguém tem fogo? Uma taça de vinho? Obrigada. Estava tudo horrível, ninguém se escutava, todo mundo só escutava a si mesmo. Ecos deturpados de algo que foi um grande amor de dissolvendo em uma nuvem de incompreesão, desconfiaça e hostilidade. Dói, dói, dói como abrir o peito e arrancar um órgão vivo sem anestesia. Paralisada. Observanto tudo, morrendo de dor mas sem poder fazer nada. Chega uma hora em que lutar só serve pra chegar à loucura. E na loucur eu já cheguei, obrigada. estou tentando é sair dela. Muitas coisas na cabeça, muito grandes projetos, eu estou BEM. Vou me concentrar em outras coisas e fazer tudo que a relação que me consumia não permitiu. E aquilo tudo, todo nosso templo construido pouco a pouco, peça a peça vai ficar tudo alí, morto. E todos os nossos planos ficarão sem crecer na terra do nunca pra sempre. Mas de alguma maneira será eterno. Eterno no fracasso, mas eterno. Tudo aquilo que um dia foi minha vida se dissolveu no passado, e eu nem lembro direito como foi... só lembro na cabeça, não no peito. Meu peito estará ocupado com outras coisas. Isso se eu ainda tiver a sorte de ainda ter um coração. Porque às vezes a dor é tão forte que o coração pára e a gente fica amarga pra sempre e deixa de acreditar em tudo. Nada passa. Nada passa e a gente vira um amontoado de todas essas coisas. Nada passa, ainda bem. Senão não valeria a pena.