sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

RETROPERSPECTIVA

[01] Este ano não fui a Cuba.
[02] Não conheci Paraty.
[03] Não visitei Minas Gerais.
[04] Este ano não escrevi meu livro.
[05] Terminei aquele conto.
[06] Não fiz nenhum poema.
[07] Este ano não li todos os livros que queria.
[08] Troquei a cor do meu cabelo.
[09] Este ano eu estive muito ocupada.
[10] Este ano a gente não foi adiante.
[11] Não fiz amor no elevador.
[12] Este ano não mudei de endereço.
[13] Esse ano tomei sol em Copacabana.
[14] Disse "Eu te amo".
[15] Dançei.
[16] Esse ano trabalhei.
[17] Sofri.
[18] Chorei.
[19] Fiz outra tatuagem.
[20] Me apaixonei....

Prometo melhorar ano que vém!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Querido Papai Noel,

Esse ano fui uma menina muito boazinha. Passei fio dental, paguei todas as minhas contas do cartão de crédito em dia e usei camisinha. Por isso, queria te pedir um presente. Eu acho quer nunca te escrevi uma cartinha, mas eu sempre acreditei no senhor... Pois é, eu acreditava, mas morria de vergonha. Mas esse ano fui uma menina boazinha e resolvi resgatar a crença que ainda existe em mim e te fazer esse pedido.
Eu acredito Papai Noel. Eu acredito no amor. Coisa que tá muito mais difícil de acreditar do que num velho fazedor de brinquedo e seus viadinhos sobrevoando nossas cabeças.
Se eu te contasse como foi minha vida amorosa nesses últimos anos.. nossa, você diria: pegue seus livros, um vibrador e se mude agora para o Pólo Norte! Congelada e solitária talvez você viva melhor!
Mas cara, quer dizer, Papy, vou te falar que sou escorpiana e teimosia é meu sobrenome (na verdade é Feitosa, mas acho que dá no mesmo). E eu ainda acredito no amor. Eu acredito! Apesar deu boicotar esse sentimento em cada segundo de da minha existência. Mas é porque eu cansei Noel. Cara, eu cansei. Por que raios toda vez que eu to me achando muuuuito foda, muuuito feliz e muuuito amando algo, algum merda vem e me lembra que eu não sou porra nenhuma? Só quero que seja natural, simples, fácil e bom. Não quero falar o que meus amigos me mandam falar mas se eu falar o que eu tenho vontade de falar poucos vão ficar. Eu não quero poucos. Eu não quero muitos. Eu quero um. Um amor. Só um.
Já tive bastante do resto que parece amor, já fiz bastante do resto que parece amor, já provei pra todo mundo que evoluí, Já tive meus tempos de transar e passar nervoso e aquela coisa toda de quem ama prematuramente. Mas evoluí pra esse amor que nem sei... Só quero que exista alguma porra de pureza nessa vida.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

...que merda, eu sou tão sua.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim.

Coitado

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Porque depois, depois dessa preliminar de menina, eu sou tão mulher. Tão mulher. Mas pra quê? Hein? Quem mesmo, até hoje, deu conta? Quem mesmo, até hoje, amou? Quem mesmo, até hoje, honrou? Quem mesmo, até hoje, me deixou ser mulher? Hein?

sábado, 27 de novembro de 2010

Hoje eu acordei sem nada no estômago, sem nada no coração, sem ter para onde correr, sem colo, sem peito, sem ter onde encostar, sem ter quem culpar. Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz.

domingo, 21 de novembro de 2010

Primeiro dia sem você

Acordo feliz, nada como acordar triste para não carregar a espera da decepção. Tomo um banho demorado escutando MPB no último volume. Claro que não é para te provocar, você não está lá para ouvir as músicas que você tanto odeia apenas porque você não gosta de tudo que eu gosto, mas é para impor ao mundo que eu voltei, estou única e exclusiva novamente. Eu e o meu mundo. Eu e minha solidão sem preconceitos e sem lições de moral, minha melhor amiga, a solidão, nunca vai me achar estranha justamente porque é filha predileta da minha estranheza.
Coloco um short curto, uma blusinha eum chinelo que não me deixa nada feminina, pinto os olhos, adoro não precisar parecer uma moça com dono. Chego as 8:30h na manicure e saio apenas 11:30h. Pela primeira vez sem ter que te ouvir reclamar e questionar porque eu fico tanto tempo lá. Depois fui na cabeleireira e lá perdi mais duas horas. Na sua ausência, me perco na liberdade que só a solidão pode oferecer. Dona de meus próprios domínios, sem você, deixo nascer a tirana que habita em mim. Dona exclusiva dos meus domínios.
Se eu quiser, hoje, alugo uma daquelas comédias românticas e assisto embaixo da minha coberta com um pijama bem feio e meu cabelo em seu pior estado. Quem sabe eu não tiro umas melecas do nariz, beijo meu cachorro na boca e solto pum. Eu e meus filmes prediletos, eu e meu filho peludo, eu e as extensões do meu corpo. Faço aula de yoga ou musculação? Encontro o meu novo amigo interessante para uma cerveja ou bato papo com a minha nova amiga sobre essa nossa mania de não saber ser feliz, mas impor ao mundo o tempo todo a cartilha da felicidade?
O mundo é enorme sem você. O mundo é enorme sem toda a culpa que eu carrego por não ser a menininha leve e sem preconceitos que curte ver o desenho da Lua no mar e não se abala com tanto amor e nem com o medo e o cansaço que viver causa. Eu sei que sou pesada, triste, dramática, neurótica, louca, insatisfeita, mimada, carente. Mas você se esqueceu da minha maior qualidade: eu sou só.
O mundo é cheio de opções sem você, mas todas elas me cheiram azedas e murchas demais. Eu continuo só quando quero escrever uma vida com você, mas você detesta meus caminhos anotados e minhas regras. E eu detesto seu sono e sua ausência. Eu detesto seu riso alto e forçado pisoteando o meu mundo de sombras, eu detesto você saindo pela porta e as paredes se fechando, se fechando, e eu sem poder berrar para, pelo amor de Deus, você me resgatar, e me colocar no colo, e me dizer que você me entende e sofre também.
Eu sou só porque enquanto eu pensava tudo isso, você impunha aos quatro ventos que acabou, querendo parecer muito forte e macho para seu grupinho muito forte e macho. Eu hoje fui ao banheiro duzentas vezes para ficar longe do meu celular e do meu e-mail, ficar longe de todas as possibilidades da sua existência. Me olhei no espelho bem profundamente para enxergar minhas raízes e ganhar força, chorei algumas vezes, fiquei sentada no chão do banheiro, para ver se meu corpo esquentava um pouco ou porque estava mesmo me sentindo um lixo.
Estar sozinha não muda nada, conheço bem esse estado e, de verdade, sei lidar até melhor com ele. O que me entristece, é ter visto em você o fim de uma história contada sempre com a mesma intensidade individual. Eu tinha visto na sua solidão uma excelente amiga para a minha solidão. Achei que elas pudessem sofrer juntas, enquanto a gente se divertia.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ah, sejamos sinceras mulheres modernas: no fundo, no fundo, a gente quer mesmo é alguém pra dormir protegida no peito (de preferência largo, forte e levemente cabeludo).
E nem é medo de ficar pra titia não, além de ter cara de mais nova e ser bem nova, eu sou filha única. Dizem que materializar os sonhos escrevendo ajuda, então lá vai: quero transar com beijo na boca profundo, olhos nos olhos, eu te amo e muita sacanagem, quero cineminha com encosto de ombro cheiroso, casar de branco, ser carregada no colo, filhos, casinha no campo com cerquinha branca, cachorro e caseiro bacana. Quero ouvir Legião Urbana numa noite chuvosa e ter de um lado um livrinho na cabeceira da cama e do outro o homem que amo.
Quero sambão com churrasco e as famílias reunidas. Quero ter certeza, ali no fundo da alma dele, de que ele me ama. Quero que ele saia correndo quando meu peito amargurado precisar de riso. Que ele esqueça, de vez em quando, seu lado egoísta, e lembre do meu. Que a gente brigue de ciúmes, porque ciúmes faz parte da paixão, e que faça as pazes rapidamente, porque paz faz parte do amor. Quero ser lembrada em horários malucos, todos os horários, pra sempre. Quero ser criança, mulher, homem, et, megera, maluca e, ainda assim, olhada com total reconhecimento de território. Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura. Quero foto brega na sala, com duas crianças enfeitando nossa moldura. Quero o sobrenome dele, o suor dele, a alma dele. Que ele me ame como a minha mãe, que seja mais forte que o meu pai, que seja a família que escolhi pra sempre. Quero que ele passe a mão na minha cabeça quando eu for sincera em minhas desculpas e que ele me ignore quando eu tentar enrolá-lo em minhas maldades. Quero que ele me torne uma pessoa melhor, que faça sexo como ninguém, que invente novas posições, que me faça comer fígado que eu odeio. Que respeite meus enjôos de sensibilidade, minhas esquisitices depressivas e morra de rir com meu senso de humor arrogante. Que seja lindo
de uma beleza que me encha de tesão e que tenha um beijo que não desgaste com a rotina. Que a sua remela seja sequinha e não gosmenta e que o tempo leve um pouco de seu cabelo (adoro carecas). Tem que gostar de crianças, de cachorrinhos, da minha mãe, e tem que odiar ver pessoas procurando comida no lixo. Tem que dançar charmoso, ser irônico, ser calmo porém macho (ou seja, não explodir por nada mas também não calar por tudo). Tem que ser meio artista, mas também ter que saber cuidar dos meus problemas burocráticos. Tem que amar tudo o que eu escrevo e me olhar com aquela cara de "essa mulher é única".
É mais ou menos isso.
Achou muito?
Claro que não precisa ser exatamente assim, tintim por tintim. Exigir demais pode fazer eu acabar sozinha em mais shows do Roberto Carlos. Deus me livre! Bom, analisando aqui, dá pra tirar umas coisinhas. Resumindo então: tem que dizer que me ama e me amar mesmo, tem que rolar umas sacanagens e não pode ter remela gosmenta. Pronto!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A seta e o alvo.

Eu olho pro infinito e você, de óculos escuros.
Eu digo: "Te amo" e você só acredita quando eu juro.
Eu lanço minha alma no espaço, você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro e você só lamenta não ser o que era

(...)


Eu grito por liberdade, você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade, e você se perocupa em não se machucar
Eu corro todos os riscos, você diz que não tem mais vontade
Eu me ofereço inteiro, e você se satisfaz com metade.


A Seta e o Alvo
Zeca Baleiro

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Acabou!


Nunca me conformei com o fim de nada. Por mais que eu sentisse que era a hora. Por mais que eu quisesse ou precisasse me livrar das coisas. O "acabou" sempre chega ou chegou como se eu jamais tivesse parado pra pensar nele. Cruel, terrível e doloroso além de mim.
O último dia em qualquer coisa que tenha durado tempo suficiente pra me fazer dormir sorrindo com o dia seguinte. Um emprego, um curso, uma casa, uma viagem especial, um relacionamento. O ultimo dia do ano. Sempre tristes, sempre cheios de momentos em que eu preciso me isolar e ficar de um quase desespero catatônico. Uma vontade de sair correndo sem me mexer.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ciúme

1.Sentimento doloroso que as exigências de um amor inquieto, o desejo de posse da pessoa amada, a suspeita ou a certeza de sua infidelidade, fazem nascer em alguém; zelos. 2. Emulação, competição, rivalidade. 3. Despeito, invejoso, inveja. 4. Receio de perder alguma coisa; zelo.









Meu bem,
não deixe q eu te veja me perder...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Puro plágio

"Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. Viver pra sempre tão boba e perdida teria sido fatal."

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Últimos segundos

Não deixe quebrar, não deixe romper, não deixe virar apenas uma história envelhecida e esquecida como qualquer contrato sem alma. Corra e cole os pedaços, corra e segure meus pés no chão. Por favor, não espere uma mensagem, um pedido... uma próxima oportunidade, e a minha cara assustada perdida na sua ausência.
Venha logo, traga de volta a minha certeza, não deixe, por favor, não deixe. Traga um agasalho para esquentar a minha falta de amor e ganhe em troca um ingresso para a minha fidelidade.
Não espere o horário do trânsito livre, não espere ouvir o que você não quer, não espere a vida dar merda para colocar a culpa na vida.
Eu ainda estou aqui por você, limpa, ilesa, sua. Mas cada milímetro do meu corpo me implora por vida, por magia, por encantamento. Por favor, me roube, não deixe, não se esqueça do nosso pacto em não ser mais um daqueles casais que não conversam e reparam tristes nos outros.
Outro dia ouvi uma música e lembrei o tanto que eu te amava, o tanto que ainda te amo. Eu lembrei que enxergar sem pretensões você dormindo, com sua testa enrrugada fazendo bochechas de criança na sua cara feliz, é a visão do paraíso pra mim.
Eu preciso de força, eu preciso de ajuda, eu preciso que você me lembre de que eu não preciso de mais nada, que mais nada é tão perfeito e que podemos ser um casal imbatível.
Caso tudo isso seja um trabalho inconsciente para me perder, parabéns, você está conseguindo. Mas se ainda existir dentro de você alguma esperança, eu preciso demais que você me abrace e me faça sentir aquilo novamente. É fácil, basta você querer, eu ainda quero tanto.
Venha agora, não espere a saudade, o arrependimento, o vazio. Eu preciso sentir que você ainda sente, eu preciso que o seu coração dê um choque no meu, eu preciso saber que seu peito ainda aperta um pouco quando eu vou embora e se espalha como borboletas nas veias quando eu chego.
Tudo o que eu quero é que você perceba, que por alguma razão, que quando a gente se afasta a dor é maior do que todo mundo. Não precisamos disso, somos melhor juntos do que qualquer outra coisa.
Eu ainda preciso que você me ache bonita, se surpreenda, me comemore e esqueça um pouco de todo o resto pra se encantar sem medo do tempo.
Não me tire a razão, não me tire a honra, não me faça estragar tudo só para sentir o vento na cara de novo e a música alta. Berre e assopre em mim enquanto é tempo.
Me coma na cozinha, quebre a mesa, faça um escândalo, qualquer coisa para tirar esse ar de velório. Eu ainda quero viver para você.
Venha agora, ganhe a corrida, passe todo o resto pra trás, é você quem eu continuo eternamente esperando na linha final.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Nada passa...

Eu tô bem. Eu tô bem, era assim mesmo que tinha q ser, era inevitável. Engraçado porque no começo eu era inevitável, e agora o fim é q se tornou inevitável. Não, não é engraçado, nem um pouco, e eu tenho pesadelos todas as noites com uma porteira de uma pizzaria seduzindo aquele que foi minha alma gêmea desde sempre. É minha culpa? É minha culpa. É o destino esse filha-da-puta! Não é culpa de ninguém. Alguém tem uma morfina aí? Obrigada. Alguém tem fogo? Uma taça de vinho? Obrigada. Estava tudo horrível, ninguém se escutava, todo mundo só escutava a si mesmo. Ecos deturpados de algo que foi um grande amor de dissolvendo em uma nuvem de incompreesão, desconfiaça e hostilidade. Dói, dói, dói como abrir o peito e arrancar um órgão vivo sem anestesia. Paralisada. Observanto tudo, morrendo de dor mas sem poder fazer nada. Chega uma hora em que lutar só serve pra chegar à loucura. E na loucur eu já cheguei, obrigada. estou tentando é sair dela. Muitas coisas na cabeça, muito grandes projetos, eu estou BEM. Vou me concentrar em outras coisas e fazer tudo que a relação que me consumia não permitiu. E aquilo tudo, todo nosso templo construido pouco a pouco, peça a peça vai ficar tudo alí, morto. E todos os nossos planos ficarão sem crecer na terra do nunca pra sempre. Mas de alguma maneira será eterno. Eterno no fracasso, mas eterno. Tudo aquilo que um dia foi minha vida se dissolveu no passado, e eu nem lembro direito como foi... só lembro na cabeça, não no peito. Meu peito estará ocupado com outras coisas. Isso se eu ainda tiver a sorte de ainda ter um coração. Porque às vezes a dor é tão forte que o coração pára e a gente fica amarga pra sempre e deixa de acreditar em tudo. Nada passa. Nada passa e a gente vira um amontoado de todas essas coisas. Nada passa, ainda bem. Senão não valeria a pena.

domingo, 20 de junho de 2010

O mundo é enorme sem você.



O mundo é enorme sem você, o mundo é enorme sem toda a culpa que eu carrego por fazer as coisas sempre erradas. Queria não me abalar com o amor e nem com o medo e o cansaço que viver causa. Eu hoje fui ao banheiro duzentas vezes para ficar longe do meu celular e do meu e-mail, ficar longe de todas as possibilidades da sua existência. Na sua ausência, me perco na liberdade que só a solidão pode me oferecer.

Me olhei no espelho bem profundamente para enxergar minhas raízes e ganhar força, chorei algumas vezes, fiquei sentada no chão do banheiro, para ver se meu corpo esquentava um pouco ou porque estava mesmo me sentindo um lixo.
Estar sozinha não muda nada, conheço bem esse estado e, de verdade, sei lidar até melhor com ele. O que me entristece, é ter visto em você o fim da nossa história.
Eu tinha visto na sua solidão uma excelente amiga para a minha solidão. Achei que elas pudessem sofrer juntas, enquanto a gente se divertia.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O mundo é um moinho

Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó.

Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavaste com teus pés

Cartola

sábado, 3 de abril de 2010

Exagerada.

‘Exagerada toda a vida: minhas paixões são ardentes; minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louca do tipo desvairada; briguenta de tô de mal pra sempre; durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos; meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos!’

Clarice Lispector

terça-feira, 16 de março de 2010

Ninguém é o mesmo para sempre.

"(...) Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre. (...)"

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

"Cada dia que passa mais me convenço e mais estou disposto a esperar por alguém que espera por mim. Não adianta buscar quem a gente quer, porque a vida vai se encarregando de nos trazer quem nos merece"

domingo, 17 de janeiro de 2010

Ano Novo

A ladainha se repete anualmente: listas de desejos para o ano que começa. Só que, em tese, nada muda, já que, de acordo com o calendário que nos rege, o 1º de janeiro não faz mais do que se seguir ao 31 de dezembro.
Mas vamos lá.

Que em 2010 sejamos mais sorridentes e menos carrancudos, mais livres e menos sistemáticos, mais solidários e menos hedonistas. Que dancemos mais e passemos menos tempo sentados na frente do computador. Que encontremos menos crianças pedindo dinheiro nos sinais, menos crianças sentindo fome, me­nos velhos morrendo solitários e desamparados. Que a hipocrisia saia de moda, que a covardia seja enterrada, que a caretice diga adeus e vá embora. Que possamos rir mais, gargalhar mais, chorar mais. Que aceitemos o sofrimento como parte de nós mesmos, sabendo que ele é inevitável e belo porque representa a vida, que os políticos corrupitos sejam finalmente presos, que o objetivo do futebol volte a ser fazer um gol e não simplesmente deixar de sofrê-lo.
Que viajemos mais, que empaquemos menos, que nos apaixonemos mais, que odiemos menos. Que aqueles que falam a verdade não sejam processados e punidos, que padres deixem de abusar de menores. Que consigamos dizer “eu te amo” mais vezes, que aprendamos a pedir perdão, que não adiemos mais aquela palavra de carinho, aquele gesto, aquele olhar.
Que questionemos mais. Que nosso presidente perceba que educação é tão importante quanto comida. Que entendamos que a felicidade não é um destino. Que tenhamos menos medos, que escutemos mais músicas, compremos mais flores, derrubemos menos árvores, desperdicemos menos água...