segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

RETROPERSPECTIVAS

[01] Este ano não fui a Cuba.
[02] Não conheci Paraty.
[03] Não visitei Minas Gerais.
[04] Este ano não escrevi meu livro.
[05] Não terminei aquele conto.
[06] Não fiz nenhum poema.
[07] Este ano não li todos os livros que queria.
[08] Não troquei a cor do meu cabelo.
[09] Este ano eu estive muito ocupada.
[10] Este ano a gente não foi adiante.
[11] Não fiz amor no elevador.
[12] Este ano não mudei de endereço.
[13] Esse ano tomei sol em Copacabana.
[14] Disse "Eu te amo".
[15] Dançei.
[16] Esse ano trabalhei.
[17] Sofri.
[18] Chorei.
[19] Fiz uma tatuagem.
[20] Me apaixonei....

Prometo melhorar ano que vém.

“Quem teve a idéia
de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ANO,
foi um indivíduo genial,
industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar
no limite da exaustão.
doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.
aí entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez,
com outro número
e outra vontade de acreditar
que daqui por diante vai ser diferente.“


Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

O melhor dos Natais =)

domingo, 4 de novembro de 2007


"Se você me encontrar assim
Meio distante
Torcendo cacho
Roendo a mão
É que eu tô pensando
Num lugar melhor
Ou eu tô amando
E isso é bem pior..."

domingo, 12 de agosto de 2007

Talvez...

• talvez quando você pensar em me querer
eu já tenha conseguido quem me queira.
• talvez um dia você queira meu amor e eu já
tenha transformado meu amor em amizade.
• talvez quando seus olhos sentirem a falta de uma luz
e você quiser me ver eu ja tenha ido embora para sempre.
• talvez se um dia você estiver sofrendo por um
amor não correspondido, console-se porque ontem
eu também sofri por um amor assim.

domingo, 1 de julho de 2007

A unica certeza q eu tenho é que eu não posso ter certeza de porra nenhuma...
Eu fico angustiada quando tentam me colocar em algum estereótipo, porque não é verdade. Ninguém é sensível e ninguém é bruto o tempo todo, a construção da personalidade é feita de vários momentos. E eu não posso me afirmar em nada, tenho muito mais comflitos que certezas.







Ainda da tempo de se arrepender?

domingo, 17 de junho de 2007

Eu adoro me render.

Hoje foi o meu domingo. Passei o dia de camisa de flanela bem feia, descabelada e de óculos, andando de chinelos flip-flop-flip-flop e fazendo a minha mãe perguntar se eu não ia colocar umas calças pelo amor de Deus.

É bom ser solteira e não ter que dizer nada a ninguém. Demorei um pouco a me acostumar com a parte de ficar sozinha, porque sou daquelas que gosta de ficar enroscada. Algumas pessoas deviam se desmaterializar depois do sexo - ou antes, em alguns casos, infelizmente não muito raros. Pra falar a verdade, só uma vez eu fiquei feliz em acordar do lado de alguém. Ainda fico, apesar das costas doerem.

Homens, homens. É tão difícil eu me interessar por alguém de verdade. Não era assim, eu costumava me apaixonar por detalhes, mas acho que o tempo me fez virar uma chata exigente. Tenho um ideal de homem e pouca gente se aproxima dele. Porque afinal de contas, ideais são pura teoria.

Eu queria um homem passional e inteligente. Que me equilibrasse mas me deixasse louca. Que escrevesse - não que fosse escritor, por favor. Que simplesmente escrevesse coisas que me fizessem fazer aquela cara que eu faço quando me acertam os botões. Eu queria um homem inteligente e que não achasse que eu reclamo demais, apesar de eu reclamar de tudo. Eu praticamente me comunico através de reclamações. Mas é assim que é. Eu queria um homem que gostasse de música boa, que não tivesse medo de se jogar de uma ponte de mãos dadas comigo e que gostasse do meu cachorro como um pai. Eu queria um homem que entendesse que eu uso 50 cosméticos para cada parte do corpo e não achasse isso frescura, e que entendesse que eu preciso ficar sozinha e não fosse grudento, mas fosse um pouco obsessivo, porque isso me faz sentir importante e normal, porque eu sou um pouco obsessiva. Que não fosse junkie, e que bebesse bastante mas conseguisse ficar sem beber bastante. Que me achasse linda e me dissesse que meu nariz é lindo, mas não se importasse com o fato de que ele vai mudar. Que gostasse de cães e me trouxesse café na cama às vezes. E não achasse que eu sou mãe dele, nem tentasse ser meu pai. Que conseguisse ficar horas simplesmente falando e escutando, e que escutasse de verdade que nem eu escuto, e que conseguisse falar dele sem ser chato. Que me sacasse de cara em vez de me julgar pra depois me conhecer. Que soubesse bater e acariciar. Que calasse a minha boca. Que não me mandasse pensar menos. Que tivesse aqueles olhos.

Eu queria um monte de coisas. Teoria.
Malditos instintos, eles sempre acabam mandando em tudo. E eu me rendo. Sempre. Posso fingir que não, levantar a sobrancelha e virar pro lado com cara de blasé, mas eu me rendo.

Eu adoro me render.

domingo, 3 de junho de 2007

O mais difícil que há no início de uma relação é a obrigação em que ambas as partes se sentem de fingir serem mais dinâmicas, divertidas, sem sono e cheias de assunto do que realmente são. Quem nunca passou a noite de sexta tentando acompanhar o bate-estacas de alguma boate pretensiosamente maquiada de casual, cercado de pessoas que não lhe diziam o menor respeito e pagando três vezes o que valeria uma tulipa de chope ou uma boa dose de uísque não viveu quase nada...

O mais difícil que há no fim de uma relação é a certeza de que você precisa mudar drasticamente sua forma de lidar consigo, com seus sentimentos, com suas prioridades e com o sexo oposto. Lidar com tudo logo. Acabou, não deu certo? Tudo precisa ser revisto. Se você continuar a ser aquela, fatalmente vai passar por novas desilusões, até que um dia vai estar doída demais até para paquerar na fila do banco. É angustiante.

O mais difícil que há depois do fim de uma relação é descobrir que ele arranjou uma guria parecida com o que você era quando tudo começou.
É aí que você se enche de confiança, volta a ser mais você e acaba passando da conta de novo, agora com outra pessoa.

domingo, 13 de maio de 2007

Sou boa até que fique ruim,
Fiel até que traia,
Sincera até que minta,
Confiável até que deixe de ser..
Posso ser a melhor, ou a pior pessoa que vc ja conheceu..
Só depende de você ....

terça-feira, 24 de abril de 2007

Pra ser sincero...

Pra ser sincero
Enganheiros do hawaii


Pra ser sincero eu não espero de você mais do que educação,
Beijos sem paixão,
crimes sem castigo,
aperto de mãos
Apenas bons amigos...

Pra ser sincero eu não espero que você minta
Não se sinta capaz de enganar
Quem não engana a si mesmo

Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito,
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos

Pra ser sincero eu não espero de você mais do que educação
Beijos sem paixão,
crimes sem castigo,
Aperto de mãos,
apenas bons amigos...

Pra ser sincero não espero que você me perdoe
Por ter perdido a calma
Por ter vendido a alma ao diabo

Um dia desses, num desses encontros casuais
Talvez a gente se encontre,
Talvez a gente encontre explicação
Um dia desses num desses encontros casuais
Talvez eu diga, minha amiga,
Pra ser sincero... prazer em vê-la
Até mais...

Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos.


foi com a melhor das intenções, foi tentando provar o improvado...
mas acima de tudo, foi a melhor lição...

quinta-feira, 15 de março de 2007

Sobre o sexo, te digo que ontem, por exemplo, foi um dos momentos em que o sexo não teve lugar. É engraçado como sexo pode ser a solução ou o início de um grande problema. Eu não posso com ele. Ele não pode comigo também, mas eu não posso nem comigo mesma. Engraçadas, essas coisas. A gente se doa um pouquinho para ver que queria e podia doar mais e descobrir que o outro, que recebe, também tem muito a doar mas não segura a onda de precisar receber de volta. Entende? Não sei, não acho essas coisas tão complicadas. Mas respeito, né? Fazer o quê? Uma coisa perigosa eu e ele concluímos e admitimos ontem: a gente gosta de se ver e se sente em casa um com o outro. O 'por que não' me foge. Não me pergunte.
Ficamos conversando até às dez. Foi bom.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

É só um cara.

E não a sua vida. E não todos os dias da sua história. E não todas as suas lágrimas juntas em um único sábado solitário. Ele não é o destino. É um cara. Existem muitos destinos. Ele é só um cara que mal sabe escolher os próprios perfumes. Não sabe sangrar. Não sabe que nome daria a um filho. Não pode ficar mais tempo. Ele é só um cara perdido como muitos outros caras que você encontrou. E perdeu. Ele é só um cara.

E você já esqueceu outros caras antes.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Pessoas querem profundidade, mesmo nadando na pocinha.

As pessoas querem profundidade e não percebem que qualquer forma de envolvimento depende do que ambas as partes têm a oferecer. Pois como hoje em dia as pessoas têm cada vez menos a oferecer - já que se resguardam, se defendem, se escondem do compromisso realmente sério, que é o do coração, vão ficando cada vez mais frustradas.

As pessoas procuram profundidade acima da possibilidade e acabam agindo sozinhas, por cima de seus companheiros, a despeito da natureza do outro, e acabam depositando suas expectativas e frustrações sobre o desprevinido do outro lado da cama.


Compreendo. Fico eu aqui, lidando com minha própria frustração, encarregada do impossível que é curar um coração ferido com a ajuda de apenas duas mãos. Deixando a cargo do tempo, que realmente se encarrega de perder as pessoas na distância.

Madura o suficiente pra saber q viver é viver, e q o amor é consequência...