domingo, 19 de fevereiro de 2006

Changes


Olhando para trás, concluo que foi um tempo de luto, de balanço, de reflexão, de reavaliação, de reconstrução e, sobretudo, de mudanças. Apesar de todo o sofrimento, arrisco dizer que, esse tempo foi positivo, já que entrei em contato com um mundo do qual eu desconhecia a existência. Mas o processo ainda está em andamento...Aprendi a valorizar ainda mais os meus amigos, pessoas tão queridas e amadas. Tornei-me um POUCO menos impaciente, principalmente comigo mesma, a não me cobrar tanto. E o mais importante: curti muito a minha própria companhia, o silêncio é realmente um grande amigo, um verdadeiro caminho para a consciência das coisas...Neste iniciozinho de melhora, posso afirmar também que deixei decididamente o passado para trás. E lamento pelas escolhas vazias e pela "perdição" - no sentido de "estar perdida" - de uma pessoa que foi tão importante para mim. Muitas vezes, escolhe-se um caminho aparentemente repleto de companhias e aventuras para maquiar uma grande solidão e uma ausência de projetos. Já eu sigo em busca de sonhos e realizações completamente opostas. Hoje vejo que foi bem melhor assim, andarmos em caminhos distintos. Por isso, passado esse tempo, percebo que só tenho a agradecer a essa pessoa.Por ora, vejo-me envolvida com decisões a cerca da minha vida profissional, tateando e "espiando" as opções que estão a minha frente, agora também mais atenta às pessoas a minha volta. Apesar de muito esperta, ainda sou muito inocente quando o assunto é "bondade" - tendo sempre a acreditar que os outros têm bom coração, mas na vida real, mesmo longe do mato, há sempre cobras pelo meio do caminho tentando enlaçar nossas pernas, desprovidas de brilho próprio e, por esse motivo, sempre prontas a dar o bote e escorrer veneno. Apesar da desilusão, da perda de certos sentimentos primordiais para a vida humana, creio que isso é só momentâneo e que irei conseguir restabelecer esses sentimentos. Só não vou usa-los como sempre usei, não me arriso a passar por isso tudo novamente, como meu amigo Márcio, adotei a tática dos covardes, a tática do desapego.

"Depois do fim secar as lágrimas, que seja assim, são aguas passadas"

domingo, 12 de fevereiro de 2006

Me vejo triste por não conseguir ressuscitar..


Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém" (John Lennon)

Tentando colocar isso tudo na minha cabeça...
Sem nenhuma expectativa de melhora...

O bom de chegar no fundo do poço, é q a única saída é pra cima...

domingo, 5 de fevereiro de 2006

My bitter reality

My bitter reality makes me stop for a while.
Another day is passing' by
But i still feel the same.
The pain inside is growing
Now it's too big to hide.
Like the pain, I'm growing too
And i can't go with her ...