quarta-feira, 26 de outubro de 2005

You took me for granted!

"O saquinho de chá já ressecado dentro da caneca em cima da bancada da pia denunciava uma ausência prolongada. Por toda casa, vestígios de uma presença que se fez passado. O jornal bagunçado em cima da mesa da sala, as almofadas espalhadas pelo chão do quarto, a escova cheia de cabelo na cama. Talvez ela tivesse viajado há poucos dias. O porteiro não sabia informar. Ela tinha estado tão presente na vida dele, marcava a sua existência como quem todo dia não pode sair de casa sem uma xícara de café.Já tinha se tornado um costume para ele tê-la sempre ali, pedindo sua atenção. "He took her for granted". Mas o seu mundo caiu quando, de repente, ela desapareceu. Um belo dia ele não recebeu o telefonema tradicional de todas as manhãs, nem os torpedos durante a tarde. Ao chegar em casa, ele constatou que ela não tinha usado a chave nunca devolvida para entrar lá, como normalmente fazia quando não ligava. Não havia sinal de vida.E foi então que ele sentiu sua falta. Uma dor surgiu inesperadamente. Aflição, ansiedade, sensação de perda. Já era o 25o dia que ele pedia a chave da casa dela ao porteiro e revistava o apartamento em busca de algum indício de que ela havia passado por ali. Mas o cenário continuava o mesmo. Ele se viu vítima de seu próprio desprezo."

Achei esse texto na net... Perfeito não?? Pelo menos pra mim é... tem tudo a ver com q eu passei nos últimos meses...
O ser humano é mesmo um ser encantador, somos tão mais complexos do q supomos e tão mais simples do q os rótulos insistem em nos classificar...
As relações sempre marcadas por emoções, ações e falas... repleta de entrelinhas...
Bom, nasda melhor do q um dia após o outro com noites no meio, com o tempo a gente percebe o valor das coisas... triste quando percebemos tarde demais, mas pelo menos serve de experiência...
Achu q to gostando mesmo desse negócio de blog, achu q por influência do André, hehehe
Issu marca uma nova fase da minha vida... nada como descobrir algo q nos da prazer.... acho q a tempestade passou mesmo, ainda vejo algumas nuvens no céu, mas o sol ja apareceu! Muito bom....
Estou no meio de um turbulhão de mudanças e um novo ciclo está para começar, abandonando tudo o que não presta para trás!

terça-feira, 25 de outubro de 2005

Medo, desconfiança e indiferença....



A vitória do Não no referendo me fez pensar no que levaram as pessoas a pensar que estariam mais seguras tento uma arma em casa...

Apesar de eu ter gostado da vitória, não achei q o Não fosse ganhar...

3 sentimentos parecem decisivos para esse resultado....

1 - Medo: o Brasil é inseguro e as pessoas acham q é melhor ter uma arma para se proteger, ou ao menos fazer com q os bandidos pensem nessa possibilidade antes de invadir uma casa.

2 - Desconfiança: o Estado não é capaz de garantir a segurança. O indívudo pode contar apenas consigo mesmo (e olhe lá...)

3 - Indiferença: Os dados sobre homicídios por armas de fogo foram bastante divulgados durante a campanha e uma boa parte da população sabe q a maioria ocorre por motivos fúteis em brigas entre amigos, conhecidos e parentes, acidentes com crianças etc. Mas essa não foi a questão do referendo. Sejamos francos: as pessoas não se importam com o que acontece com as outras, só com o que se passa em seu círculo íntimo...

Poderia ser diferente?

Bom, essa fpoi a primeira fez q eu votei (E sei lá, mas me senti importante por isso), sempre vi as pessoas reclamando por terem essa "obrigação", eu sempre quis votar (só não fiz issu antes por falta de vergonha na cara de it lá tirar o título), mas sempre achei q decidir quem vai ficar no gorverno era um direito meu, e não uma obrigação.... e ontem, depois de anos esperando a minha oportunidade de votar e de poder mudar alguma coisa; meu sentimento foi de total impotência. Quando finalmente tive a chance de mudar algo preferi me convencer de q não vale a pena mudar, porque "esse algo" por si só não seria suficiente para mudar o resto.

Tenhu q confessar q política nunca foi o meu forte, e não é ate hoje... me sinto meio alienada as vezes... mas esse ano, com a minha entrada na faculdade percebi que isso é importante, e q a pior coisa pra quem não se interessa por politica, é ser governado por quem se interessa....

"Hoje você é quem manda

Falou, tá falado

Não tem discussão, não.

A minha gente hoje anda

Falando de lado e olhando pro chão.Viu?

Você que inventou esse Estado

Inventou de inventar

Toda escuridão

Você que inventou o pecado

Esqueceu-se de inventar o perdão."

Parte de uma música de Chico Buarque, muito boa, escrita na época da ditadura, onde as pessoas, apesar de viveram um país onde não tinha o livre arbítrio (ou até por causa disso mesmo), ainda saiam na rua e protestavam por aquilo q desejavam.... o q nos tornamos? Covardes??