sábado, 25 de novembro de 2006

O amor comeu...

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

[in Os Três Mal-Amados, João Cabral de Melo Neto]

domingo, 5 de novembro de 2006

Nascer é doloroso.

Foi bom mesmo.
O ser humano, por sua vez, nasce, fode, se fode e morre de uma vez por todas. Por outro lado, a consciência disso é diária. Logo, em um ano apenas vivemos 365 novas chances. Às vezes parece pouco, e parece pouco cada vez mais.

Não sei. Nascer é doloroso.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Ciúme

1. Sentimento doloroso que as exigências de um amor inquieto, o desejo de posse da pessoa amada, a suspeita ou a certeza de sua infidelidade, fazem nascer em alguém; zelos. 2. Emulação, competição, rivalidade. 3. Despeito, invejoso, inveja. 4. Receio de perder alguma coisa; zelo.









Meu bem,
não deixe q eu te veja me perder...

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

A poliomielite do ânimo

A dor é um prazer intenso demais para ser suportado. Nada é mais prazeroso do que uma pequena dor. As grandes transbordam, viram briga, viram morte, viram arte.

A angústia, por sua vez, não costuma render grandes frutos. A angústia é uma espera, um feriado do espírito humano, a paralisia infantil, a poliomielite do ânimo.

Sou uma mulher em standby.

domingo, 1 de outubro de 2006

Consequências avassaladoras

François Miterrand, à TV, em 1994:

"Um processo de corrupção num governo de esquerda tem conseqüências muito mais graves que em outro de direita, pois abala a confiança daqueles que, como professores, professoras e servidores públicos de base, sempre usaram a moral e a ética em suas aulas e conversas, e têm a esquerda como referência e padrão. As conseqüências, num caso desses, são avassaladoras".

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Com que roupa??

Sempre resisti em discutir eleições por aqui. Acho que voto é uma coisa muito sua, ou minha, e a não ser que nos sentemos em uma mesa de bar ou de universidade para discutir, ninguém tem nada com isso. Ocorre que minha angústia eleitoral chegou a níveis insustentáveis. Preciso de ajuda, ou ao menos de uma consultoria camarada...
Não podemos nos deixar enganar pelo marketing aplicados pelos candidatos, e o arsenal de cosméticos capaz de torna-los todos simpáticos, confiáveis, dispostos ao mais imaculado desempenho caso se elejam. não vamos nos deixar embalar pelo entusialismo fácil, a música envolvente, o discurso enfático.
Não vou votar no Lula. Eu tenho a impressão de que, se eleito, o sujeito não vai conseguir chegar ao fim do mandato, e o preço a se pagar vai ser mais caro lá na frente. Mas isso tem mais a ver com a minha decepção de jovem-intervencionista-de-esquerda. Apesar da minha base comunista, depois q o Lula entrou no poder percebi que a esquerda não nasceu pra ser governo, e sim, oposição, como sempre foi.
O resultado é um balaio de gatos que, em absoluto, não tem a palavra governabilidade como diretriz maior. Mas eu nunca acreditei em coerência eleitoral mesmo. Alguém aí tem remédio pra isso? Que situação...
Uma nota de tristeza: Quando fiz questão de tirar meu título, já era difícil encontrar candidatos que prestassem. Hoje, vendo que o Lula deve voltar ao poder pelos braços do povo, estou cada vez mais convencido de que quem não presta são os eleitores mesmo.

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

O mundo não me agrada

"Não, não, o mundo não me agrada.
A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo.
E o amor, em vez de dar, exige.
E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam.
Mentir dá remorso.
E não mentir é um dom que o mundo não merece...e morre-se, sem ao menos uma explicação.
E o pior - vive-se, sem ao menos uma explicação."

C.L.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Minha faxina particular

Estava precisando fazer uma faxina em mim...
Jogar alguns pensamentos indesejados fora,lavar alguns tesouros que andavam meio que enferrujados...
Tirei do fundo da gaveta lembranças
Que não uso e não quero mais.
Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões...
Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei;
Joguei fora a raiva e o rancor das flores murchasque estavam dentro de um livro que não li.
Olhei para meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas...
E as coloquei num cantinho, bem arrumadinhas.
Fiquei sem paciência!...
Tirei tudo de dentro do armárioe fui jogando no chão,paixões escondidas,desejos reprimidos,palavras horríveis que nunca queria ter dito,mágoas de um amigo,lembrança de um dia triste...
Mas nas lembranças havia outras coisas... e belas!!!
Um passarinho cantando na minha janela...
Aquela lua cor de prata, o pôr-do-sol...
Fui me encantando e me distraindo,olhando para cada uma daquelas lembranças.Sentei no chão para poder fazer minhas escolhas.
Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou.
Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima,pois quase não as uso, e também joguei fora no mesmo instante!
Outras coisas que ainda me magoam,coloquei num canto para depois ver o que farei com elas,se não as esqueço mesmo ou se mando para o lixão.
Aproveitei fui naquele cantinho,naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante:o amor, a alegria, os sorrisos,um dedinho de felicidade para os momentos que mais precisamos...
Como foi bom relembrar tudo aquilo!!!
Recolhi com carinho o amor encontrado,dobrei direitinho os desejos,coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas,deixei-as à vista para não perdê-las de vista.
Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância,
pendurado bem na minha frente,coloquei a minha capacidade de amar...e de RECOMEÇAR...


(Autor Desconhecido)

terça-feira, 22 de agosto de 2006

Quero ficar no teu corpo feito tatuagem



Quero ficar no teu corpo feito tatuagem
Que é pra te dar coragem, pra seguir viagem
Quando a noite vem
E também pra me perpetuar em tua escrava que você pega, esfrega, nega
Mas não lava
Quero brincar no teu corpo feito bailarina
Que logo se alucina salta e te ilumina
Quando a noite vem
E nos músculos exaustos do teu braço
Repousar frouxa, murcha, farta morta de cansaço
Quero pesar feito cruz nas tuas costas que te retalha em postas
Mas no fundo gostas quando a noite vem
Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva
Marcada a frio, a ferro e fogo em carne viva
Corações de mãe arpões, sereias e serpentes
Que te rabiscam o corpo todo
Mas não sentes

(Chico Buarque)

terça-feira, 15 de agosto de 2006

Mário Quintana

Palavras de Mário Quintana

"Há leitores que acham bom o que a gente escreve.
Há outros que sempre acham que poderia ser melhor.
Mas, na verdade, até hoje não pude saber qual das duas espécies irrita mais."

"A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira coisa... e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita."

" O mais difícil, mesmo, é a arte de desler."

Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer.Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.


[Mário Quintana]

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

The missing piece




Impotência nas atitudes, logo eu, q sempre fui muito mais por meu risco do que por minha conta...



quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Introspecção

justme.jpg

Como fazer o relógio parar? Não quero me movimentar de acordo com essa convenção chamada hora, minuto, segundo.
Meu tempo agora é outro.
Não procuro explicações ou uma compreensão elaborada. Só quero a magnitude desse silêncio que me invadiu sem pedir licença. Já falei demais, já me preocupei demais, já cuidei demais. Joguei fora o manual de instruções que usei durante quase 20 anos. Agora, espero o ressurgimento, a reinvenção, a transformação, a lagarta virar borboleta.
Não faço a menor idéia de como será. E é por isso que eu queria que esses dois ponteiros me dessem um descanso. O processo é lento e totalmente incompatível com o que chamam de cotidiano. Ando mais impaciente do que nunca, principalmente com aqueles que não tem nada a me acrescentar. Aliás, para essas pessoas, a minha distância é grátis. Não vejo mais graça no cachorrinho que só sabe correr atrás do próprio rabo.
A energia concentrada na expectativa impulsiona, agita, inquieta e desconcentra....

→ Minha auto-censura nunca esteve tão alta...

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Sorria, vc está sendo governado

'Ser governado é ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, identificado, doutrinado, aconselhado, controlado, avaliado, pesado, censurado, comandado por outros que não têm nem o título nem a ciência, nem a virtude...
Ser governado, é ser, a cada operação, a cada transação, a cada movimento, anotado, registrado, recenseado, tarifado, selado, tosado, avaliado, cotizado, patenteado, licenciado, autorizado, apostilado, administrado, impedido, reformado, endereçado, corrigido. É, sob pretexto de utilidade pública, e sob o nome do interesse geral, ser posto à contribuição, exercido, extorquido, explorado, monopolizado, pressionado, mistificado, roubado; depois, ao menor resmungo, à primeira palavra de reclamação, reprimido, multado, enforcado, hospitalizado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído, e por cúmulo, jogado, ludibriado, ultrajado, desonrado.'

Proudhon

Sorria. Esse é vc.

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Game Over

Ela dizia q pouco importava a opinião dos outros,
Que não se abalava com os comentários maldosos,
Dizia não acreditar no amor, não se emocionar ou se sensibilizar,
Dizia não se preocupar com os erros,
Dizia ser uma mulher forte, inatingível,
Dizia ser uma pessoa tão forte a ponto de não chorar,
Uma pessoa que erra e não se arrepende em um só minuto...

Mas freqüentemente a via olhando no espelho avaliando os tais defeitos,
Mas diversas vezes a peguei chorando pelos cantos,
Mas quase sempre apoiava a cabeça nas mãos pensando em como não queria ter errado,
Mas já a vi chorando por ter se arrependido de algo q fez....

Não dá mais pra fingir q eu não vou me importar,
O jogo terminou...

São tantas decepções, metiras e fracassos...é difícil acreditar q vais ser diferente dessa fez.



Então, então você acha
que consegue distinguir
O céu do inferno
Céus azuis da dor
Você consegue distinguir
um campo verdede um frio trilho de aço?
Um sorriso de um véu?
Você acha que consegue distinguir?
Fizeram você trocar
Seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
Ar quente por uma brisa fria?
Conforto frio por mudança?
Você trocou
Um papel de coadjuvante na guerra
Por um papel principal numa cela?
Como eu queria
Como eu queria que você estivesse aqui
Somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre este mesmo velho chão
O que encontramos?
Os mesmos velhos medos
Queria que você estivesse aqui

[Tradução - I wish you were here, Pink Floyd]

segunda-feira, 10 de julho de 2006

Ciclos

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. O desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Encerre ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é."

Nem preciso dizer q me identifiquei muitíssimo com o texto, preciso?

De volta a postar aqui, pra alegria da criançada, né Márcio??
Agora interrompendo o ciclo de textos "conspiradores" do Márcio, muita agradecida pelo nível dos textos e vc sabe q se quiser o espaço já ta dado!!

Beijos no (L) de todos!

terça-feira, 20 de junho de 2006

A ignorância floresce... A culpa é de quem?

Mais uma vez tenho o privilégio de postar no blog de uma pessoa tão querida para mim. Por isso, espero que o nível dos textos se mantenha. Este que postarei aqui hoje é bem contemporâneo e ajuda na tentativa de explicação de porque o homo sapiens tem regredido tanto em matéria de raciocínio... Porque não presenciamos mais obras de gênios nas áres científicas e culturais como antigamente presenciávamos. Muito pelo contrário, os pensamentos humanos têm se apresentado viciosos e preguiçosos. Enfim, o texto fala muito melhor sobre o assunto do que eu. Vamos a ele:

OBESIDADE MENTAL

O prof. Andrew Oitke publicou o seu polêmico livro "Mental Obesity", que
revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.
Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu este
conceito de obesidade mental para descrever o que considerava o pior
problema da sociedade moderna. Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou
consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação
desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da
informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que
esses.
Segundo o autor, a nossa sociedade está mais atulhada de preconceitos que de
gorduras, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As
pessoas se viciaram em estereótipos, juízos apressados, pensamentos
tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo mas não
conhecem nada a fundo. Os cozinheiros desta magna fast-food intelectual são
os jornalistas comentadores, os editores da informação filósofos, os
romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os
hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.
O problema central está na família e na escola. Qualquer pai responsável
sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta
mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e
telenovelas. Com uma alimentação intelectual tão carregada de adrenalina,
romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois
uma vida saudável e equilibrada.
Um dos capítulos mais polêmicos e contundentes da obra, intitulado "Os
Abutres", afirma : o jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de
cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das
realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas
seduzir, agredir e manipular. O texto descreve como os repórteres se
desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado
polêmico e chocante. Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega
aos jornais.
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura. O conhecimento das
pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi
assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela
Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham
que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê. Todos conhecem
que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto.
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras. Não admira que, no
meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano
estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a
religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a
arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce a pornografia, o cabotinismo a
imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma idade das trevas ou o fim da
civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem
moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo não
precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de uma
melhor dieta mental.

Na próxima vez que escrever por aqui, ou mesmo a Kaká, já tenho uma idéia para o post seguinte. Já que o blog se chama "a conspiradora", seria interessante explorar o tema conspiração... Explicar significados, origens e exemplos. Bom, já é uma idéia. Até a próxima para os diletos leitores!

sexta-feira, 16 de junho de 2006

O Decálogo de Lênin e sua aplicação nos dias atuais

Bom, aqui estou eu novamente, Marcio, para postar mais alguma coisa de cunho político. Mas dessa vez não será um texto astronômico como o anterior, mas, sim, o Decálogo de Lênin (um conjunto de dez "dicas" para alguém dar um golpe de estado). Nates de começar, obrigado, Kaká, mais uma vez!
Queria salientar com o texto que as mesmas ações táticas idealizadas e aplicadas por aquele ditador russo naqueles tempos pode muito bem serem relacionadas com o que vemos nos dias atuais, o que me faz pensar... "Será que alguém durante todo esse tempo andou controlando o rumo da população de alguns países com a finalidade de fragilizar as nações e tomarem o poder delas?" Mais uma vez eis aqui uma teoria da conspiração... Mas, incrédulos ou não, temos que convir com uma coisa: Se desde cem anos atrás alguém pensa dessa maneira, imagine nos dias atuais...
Abaixo, o Decálogo de Lênin:

O "DECÁLOGO", ESCRITO POR LÊNIN EM 1913.

Em 1913, Lênin escreveu o "Decálogo" que apresentava ações táticas para a tomada do Poder.

a) Qualquer semelhança com os dias de hoje, não é mera coincidência

b) Tendo a História se encarregado de pôr fim à questão ideológica, a meditação dos ideais, então preconizada, poderá revelar assombrosas semelhanças nos dias de hoje, senão vejamos:

1.. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2.. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;
3.. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4.. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5.. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;
6.. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação;
7.. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8.. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9.. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa bsocialista;
10.. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa...

Bom, por enquanto é só. A maioria do que está escrito aqui nesse decálogo eu visualizo em certos países, como o Brasil. Por isso mesmo julgo que para dar um golpe por aqui é meio caminho andado, embora eu acredite que se isso acontecer não será agora. Mas se Lênin conseguiu em uma nação imensa, embora os dias dele eram diferentes, acredito que possa acontecer quando melhor convier para os poderosos. Com os veículos de mídia talvez tenha até ficado mais fácil...

segunda-feira, 12 de junho de 2006

"Acorda, desperta, ó tu que dormes!"

Bom, fui expressamente autorizado (que formal!) pela minha amiga Karina a postar textos que achasse interessante por aqui. Por isso, antes tudo, Kaká, "thank you so much by the oportunity!" Dia desses, inspirado pela leitura de um livro intitulado "O governo secreto", acabei achando na internet um texto que, segundo minha opinião, descrevi como, até agora, o mais revelador de minha vida. Ele é um bocado grande, mas creio valer a pena lê - lo. Mudou a minha visão de mundo definitivamente. Em seguida, vem ele:

Quero toda a terra e mais 5%


Fabian estava entusiasmado enquanto ensaiava mais uma vez o seu discurso que ia apresentar pela manhã para a multidão. Ele sempre desejou prestígio e poder, e agora seus sonhos iam se tornar realidade. Ele era um artesão que trabalhava com prata e ouro, fabricando jóias e ornamentos, mas não estava contente por ter que trabalhar para viver. Ele precisava de entusiasmo, um desafio, e agora o seu plano estava pronto para começar.
Geração após geração as pessoas utilizaram o sistema de escambo. Um homem mantinha sua família suprindo-a do necessário para viver ou especializava-se em algum tipo de comércio particular. Os bens excedentes de sua própria produção eram trocados pelos excedentes de outras pessoas.
Um dia no mercado era sempre ruidoso e poeirento; no entanto, as pessoas desejavam os gritos e as saudações, assim como o companheirismo. Costumava ser um lugar feliz, mas agora tinha gente demais, discussões demais. Não havia tempo para uma boa conversa. Precisava-se um sistema melhor.
Normalmente, as pessoas eram felizes e desfrutavam os frutos do seu trabalho.
Em cada comunidade, um governo simples tinha sido formado para garantir que as liberdades e os direitos das pessoas fossem protegidos, e que nenhum homem fosse forçado por nenhum outro homem ou grupo de homens a fazer qualquer coisa contra a própria vontade.

Este era o único propósito do governo e cada governador era apoiado voluntariamente pela comunidade local que o havia eleito.

No entanto, o dia de mercado era um problema que não podiam solucionar. Uma faca valia uma ou duas cestas de milho? Uma vaca valia mais do que um carroça?... etc. Ninguém havia pensado num sistema melhor.
Fabian anunciou: "Tenho a solução para nossos problemas de escambo, e convido todos para uma reunião pública amanhã".
No dia seguinte houve uma reunião na praça da cidade e Fabian explicou para todos o novo sistema que ele chamou de "dinheiro". A idéia parecia boa. "Como vamos começar?" perguntaram as pessoas.
"O ouro que eu uso em ornamentos e jóias é um metal excelente. Não perde o brilho nem enferruja e vai durar muitos anos. Fundirei um pouco do meu ouro em moedas e vamos chamar cada moeda de "um dólar".

Ele explicou como esses valores iam funcionar, e que esse "dinheiro" seria realmente um meio para o intercâmbio - um sistema muito melhor do que o escambo.

Um dos governadores questionou, "Algumas pessoas podem achar ouro e fazer moedas para si mesmas", disse ele.
"Isso seria muito injusto", Fabian tinha pronta a resposta. "Só as moedas aprovadas pelo governo podem ser utilizadas, e estas vão ter uma marca especial gravada nelas". Isso parecia razoável e foi proposto que se dê a cada homem um número igual de moedas. "Só eu mereço a maioria," disse o fabricante de velas, "Todos utilizam minhas velas". "Não", disse o fazendeiro, "sem alimento não há vida, com certeza nós temos que ter a maior quantidade de moedas". E a discussão continuou.
Fabian deixou eles discutirem durante algum tempo e finalmente disse, "Posto que nenhum de vocês pode chegar a um acordo, sugiro que cada um obtenha de mim a quantidade de que necessitam. Não haverá limite, exceto pela sua capacidade de devolvê-las. Quanto mais dinheiro cada um obtiver, mais deve devolver no final do ano. "E qual é o seu pagamento?" as pessoas perguntaram a Fabian.

"Posto que estou lhes oferecendo um serviço, ou seja, o suprimento de dinheiro, vocês me dão direito a receber pagamento pelo meu trabalho. Vamos dizer que para cada 100 moedas que vocês obtêm, devolvem-me 105 por cada ano que vocês mantêm a dívida. As 5 vão ser meu pagamento, e vou chamar esse pagamento de "juros".

Não parecia existir outra maneira, e aliás, 5% parecia pouco para um ano. "Voltem próxima sexta-feira e vamos começar".
Fabian não perdeu tempo. Fez moedas noite e dia, e no final de semana já estava pronto. As pessoas fizeram fila para entrar na sua loja, e depois das moedas terem sido examinadas e aprovadas pelos governadores, o sistema passou a vigorar. Algumas pessoas pediram só umas poucas moedas e saíram para experimentar o novo sistema.
Acharam o dinheiro maravilhoso, e rapidamente valoraram tudo em moedas de ouro ou dólares. O valor que puseram em cada coisa foi chamado de "preço" e o preço dependia principalmente da quantidade de trabalho requerida para produzir o bem. Se levava muito trabalho o preço era alto mas se o bem era produzido com pouco esforço o preço era baixo.
Em uma cidade morava Alan, que era o único relojoeiro. Seus preços eram altos porque os clientes estavam ansiosos por pagarem para obter um dos seus relógios.
Depois outro homem começou a fazer os relógios e os ofereceu com um preço mais baixo para conseguir vendas. Alan foi forçado a baixar seus preços e depois todos os preços caíram, assim os dois homens se esforçaram para dar a melhor qualidade com o menor preço. Essa era a genuína livre competição.

A mesma coisa aconteceu com os construtores, operadores de transportes, contadores, fazendeiros; na verdade, em cada empreendimento. Os clientes escolhiam sempre o que sentiam que era o melhor negócio, tinham liberdade de escolha. Não havia proteção artificial tal como licenças ou tarifas que evitassem que outras pessoas entrassem em um determinado negócio. O padrão de vida elevou-se e depois de pouco tempo as pessoas perguntaram-se como podiam ter vivido antes sem dinheiro.

No final do ano, Fabian saiu da sua loja e visitou todas as pessoas que lhe deviam dinheiro. Algumas possuíam mais do que tinham pedido emprestado, mas isso significava que outras pessoas tinham menos, posto que inicialmente tinha sido distribuída só uma quantidade limitada de moedas. Os que possuíam mais do que tinham pedido emprestado, devolveram o empréstimo e mais 5 adicionais para cada 100, mas tiveram que pedir emprestado novamente para poder continuar.
Os demais descobriram pela primeira vez, que tinham uma dívida. Antes de lhes emprestar mais dinheiro, Fabian tomou-lhes em hipoteca alguns de seus ativos e assim, cada um saiu mais uma vez para tentar conseguir essas 5 moedas extras que pareciam sempre tão difíceis de encontrar.
Ninguém se deu conta de que o pais como um todo jamais poderia sair da dívida até que todas as moedas fossem devolvidas, mas mesmo que isso fosse feito haviam ainda aquelas 5 adicionais para cada 100 que nunca tinham sido postas em circulação. Ninguém além de Fabian podia ver que era impossível pagar os juros - o dinheiro extra nunca tinha sido posto em circulação, e portanto sempre faltaria para alguém.
Era verdade que Fabian gastava algumas moedas, mas ele sozinho não podia gastar tanto como os 5% da economia total do pais. Havia milhares de pessoas e Fabian era só um. Além do mais, ele ainda era um ourives vivendo uma vida confortável.
Nos fundos da sua loja, Fabian tinha um cofre e as pessoas acharam conveniente deixar algumas de suas moedas com ele por segurança. Fabian cobrava uma pequena quantia, dependendo da quantidade e do tempo que o dinheiro permanecia com ele e dava ao dono das moedas um recibo por cada depósito.
Quando uma pessoa fazia compras, normalmente não levava muitas moedas de ouro. Essa pessoa dava ao mercador um dos recibos de Fabian segundo o valor das mercadorias que desejava comprar.
Os mercadores reconheciam o recibo como verdadeiro e aceitavam-no com a idéia de levá-lo depois a Fabian para retirar uma quantidade equivalente em moedas. Os recibos passaram de mão em mão ao invés do próprio ouro. As pessoas confiavam totalmente nos recibos - elas os aceitavam como se fossem tão bons quanto as moedas de ouro.
Em pouco tempo, Fabian notou que era muito pouco freqüente que uma pessoa pedisse de volta suas moedas de ouro.
Ele pensou: "Aqui estou eu, na posse de todo este ouro e continuo tendo que trabalhar duro como artesão. Não faz sentido. Há muitas pessoas que ficariam contentes de me pagar juros pelo uso deste ouro que está guardado aqui e cujos donos raramente pedem de volta.
É verdade que o ouro não é meu, mas está no meu poder e é o que interessa. Praticamente não preciso nem mais fazer moedas, posso utilizar algumas das que estão guardadas no cofre."
No início ele era muito precavido, emprestando umas poucas moedas de cada vez e somente quando tinha certeza da sua devolução. Mas aos poucos adquiriu confiança e emprestou quantidades cada vez maiores.
Um dia, pediram um empréstimo bastante grande. Fabian sugeriu, "Em vez de você levar todas estas moedas podemos fazer um depósito em seu nome e então eu lhe dou vários recibos com o valor das moedas". A pessoa que pediu o empréstimo concordou e saiu com um maço de recibos. Ela tinha obtido um empréstimo, no entanto o ouro continuava no cofre de Fabian. Depois que o cliente se foi, Fabian sorriu. Ele podia ter seu bolo e ainda por cima comê-lo. Ele podia "emprestar" o ouro e ainda mantê-lo no seu poder.
Os amigos, os estrangeiros e até os inimigos necessitavam de fundos para continuarem os seus negócios e desde que pudessem garantir a devolução, podiam pedir emprestado tanto quanto necessitassem. Simplesmente escrevendo recibos Fabian podia "emprestar" várias vezes o valor do ouro que havia em seu cofre, e ele nem sequer era o dono do dinheiro. Tudo era seguro, desde que os donos verdadeiros não pedissem a devolução do seu ouro e a confiança das pessoas fosse mantida.
Ele tinha um livro onde registrava os débitos e os créditos de cada pessoa. De fato, o negócio de empréstimos estava se mostrando muito lucrativo.
Sua posição social na comunidade aumentava quase tão rapidamente quanto sua riqueza. Ele estava se tornando um homem importante e requeria respeito. Em matéria de finanças, sua palavra era como uma declaração sagrada.
Os ourives de outras cidades ficaram curiosos sobre suas atividades e um dia chamaram-no para ter uma audiência com ele. Fabian disse-lhes o quê ele estava fazendo, mas ressaltou cuidadosamente a necessidade de manter o segredo.

Se o plano deles fosse exposto, o esquema falharia, assim todos concordaram em formar sua própria aliança secreta.
Cada um voltou à sua cidade e começou a trabalhar como Fabian tinha-lhes ensinado.
As pessoas agora aceitavam os recibos como se fossem tão bons quanto o ouro e muitos recibos foram depositados para mantê-los em segurança da mesma maneira que as moedas. Quando um mercador desejava comprar mercadorias de um outro, ele simplesmente redigia uma nota curta dirigida a Fabian na qual o autorizava a transferir o dinheiro da sua conta para a do segundo mercador. Fabian gastava apenas alguns minutos para ajustar os números no livro.
Esse novo sistema se tornou muito popular e as notas com a instrução de transferência foram chamadas de "cheques".
Mais tarde, em uma noite, os ourives tiveram uma outra reunião secreta e Fabian revelou-lhes um novo plano. No dia seguinte, eles convocaram uma reunião com todos os governadores e Fabian começou: "Os recibos que nós emitimos se tornaram muito populares. Sem dúvida, a maioria de vocês, os governadores, estão usando-os e acham que são muito convenientes". Os governadores concordaram, embora se perguntassem qual era o problema. "Bem", continuou Fabian, "alguns recibos estão sendo copiados por falsificadores. Esta prática deve parar".
Os governadores se alarmaram: "O quê podemos fazer?" perguntaram. Fabian respondeu, "Minha proposta é: primeiro de tudo, vamos fazer com que seja o trabalho do governo a impressão de novas notas em um papel especial com desenhos muito intricados. Cada nota será assinada pelo principal governador. Nós ourives ficaremos felizes de pagar os custos da impressão, por que vai nos poupar o tempo que passamos redigindo nossos recibos". Os governadores pensaram, "Bem, o nosso trabalho é proteger as pessoas contra falsificadores e este conselho de vocês parece certamente uma boa idéia". Concordaram então em imprimir as notas.
"Em segundo lugar," disse Fabian, "algumas pessoas têm feito escavações e estão fazendo suas próprias moedas de ouro. Sugiro que vocês aprovem uma lei, para que qualquer pessoa que encontre pepitas de ouro, deva entregá-las. É claro que essas pessoas vão ser pagas com notas e moedas".
A idéia parecia boa, e sem pensar muito nisso, imprimiram uma grande quantidade de notas novinhas em folha. Cada nota tinha um valor impresso nela de $1, $2, $5, $10 etc. Os pequenos custos de impressão foram pagos pelos ourives.
As notas eram muito mais fáceis de transportar e rapidamente foram aceitas pelas pessoas. Apesar da sua popularidade, essas notas e moedas eram usadas somente em 10% das transações. Os registros mostraram que o sistema de cheques era utilizado em 90% de todos os negócios.
A etapa seguinte do plano dele começou. Até agora, as pessoas estavam pagando a Fabian para guardar o dinheiro delas. Para atrair mais dinheiro ao seu cofre, Fabian ofereceu pagar aos depositantes 3% de juros sobre seus depósitos.
A maioria das pessoas acreditava que ele estava re-emprestando o dinheiro delas a quem pedisse um empréstimo, com 5% de juros, e que seu ganho era a diferença de 2%. Aliás, as pessoas não lhe perguntaram muito, porque obter 3% era muito melhor do que pagar para depositar o dinheiro em um lugar seguro.
A quantidade das poupanças cresceu e com o dinheiro adicional nos cofres, Fabian podia emprestar $200, $300, $400 e as vezes até $900 para cada $100 em notas e moedas que ele mantinha em depósito. Ele teve que ter cuidado para não ultrapassar esta relação de 9 a 1, uma vez que uma pessoa de cada dez queria retirar suas notas e moedas para utilizá-las.
Se não houvesse dinheiro suficiente quando requerido, as pessoas ficariam desconfiadas já que os livros de depósito mostravam o quanto elas tinham depositado. Ainda assim, sobre os $900 que os livros contábeis demonstravam que Fabian tinha emprestado redigindo cheques, ele podia cobrar até $45 de juros, ou seja, 5% de 900. Quando o empréstimo mais os juros eram devolvidos ($945), os $900 eram cancelados no livro de débitos e Fabian ficava com os $45 de juros. Portanto, ele estava mais que contente de pagar $3 de juros sobre os $100 depositados originalmente, os quais nunca tinham saído do seu cofre. Isto significava que, para cada $100 que mantinha em depósito, era possível obter um lucro de 42%, enquanto a maioria das pessoas pensava que ele só ganhava 2%. Os outros ourives estavam fazendo a mesma coisa. Criavam dinheiro do nada, apenas com suas assinaturas em um cheque, e ainda por cima cobravam juros sobre ele.
É verdade que eles não estavam fabricando dinheiro, o governo imprimia as notas e as entregava aos ourives para serem distribuídas. O único gasto de Fabian era o pequeno custo de impressão. No entanto, eles estavam criando dinheiro de crédito que vinha do nada e sobre o qual faziam incidir juros. A maioria das pessoas acreditava que a provisão de dinheiro era uma operação do governo. Acreditavam também que Fabian estava lhes emprestando o dinheiro que alguém mais tinha depositado, mas era estranho que nenhum depósito decrescia quando Fabian emprestava dinheiro. Se todos tivessem tentado retirar seus depósitos ao mesmo tempo, a fraude teria sido descoberta.
Não havia problemas quando alguém pedia um empréstimo em moedas ou notas. Fabian simplesmente explicava ao governo que o aumento da população e da produção requeria mais notas, e ele as obtinha por pequeno custo de impressão.
Um dia, um homem muito pensativo foi ver Fabian. "Esta cobrança de juros está errada", disse ele. "Para cada $100 que você empresta, você está pedindo $105 em retorno. Os $5 extras não podem ser pagos nunca, já que não existem.
Os fazendeiros produzem comida, os industriais produzem bens e assim fazem todos os demais, mas somente você produz dinheiro. Suponha que existam somente dois empresários em todo o pais, e que nós empregamos o resto da população. Pedimos-lhe emprestado $100 cada um, pagamos $90 em salários e gastos e ficamos com $10 de lucro (nosso salário). Isso significa que o poder aquisitivo total de toda a população é $90 + $10 multiplicado por dois, isto é $200. Mas, para lhe pagar, nós devemos vender toda a nossa produção por $210. Se um de nós tiver sucesso e vender toda a produção por $105, o outro homem só pode esperar obter $95. Além disso, parte dos seus bens não pode ser vendida, já que não restaria mais dinheiro para comprá-los.
Tendo obtido só $95, o segundo empresário ainda deveria a você $10 e só poderia lhe pagar pedindo mais emprestado. Este sistema é impossível".
O homem continuou, "Certamente você deveria emitir $105, ou seja 100 para mim e 5 para seus próprios gastos. Assim, haveria $105 em circulação e a dívida poderia ser paga".
Fabian escutou em silêncio e finalmente disse: "A economia financeira é um assunto muito profundo meu amigo, requer anos de estudo. Deixe que eu me preocupo com estes assuntos e você se preocupa com os seus. Você deve se tornar mais eficiente, aumente sua produção, reduza seus gastos e torne-se um melhor empresário. Sempre vou estar disposto a ajudá-lo nesses assuntos".
O homem se foi sem se dar por convencido. Havia alguma coisa errada com as operações de Fabian e ele sentiu que suas perguntas tinha sido evitadas.
No entanto, a maioria das pessoas respeitava a palavra de Fabian -"Ele é o perito, os demais devem estar errados. Olhem só como é que o pais desenvolveu-se, como a nossa produção aumentou. É melhor nós deixarmos que ele tome conta destas coisas".
Para pagar os juros sobre os empréstimos que haviam pedido, os mercadores tiveram que elevar seus preços. Os assalariados queixaram-se de que os salários eram muito baixos. Os empresários negaram-se a pagar maiores salários, dizendo que quebrariam. Os fazendeiros não podiam obter preços justos pela sua produção. As donas de casa queixavam-se de que os alimentos estavam muito caros.
E finalmente, algumas pessoas declararam-se "em greve", algo do qual nunca se tinha ouvido falar antes. Outros haviam sido afetados pela pobreza, e seus amigos e parentes não tinham dinheiro para ajudá-los. A maioria tinha esquecido a verdadeira riqueza ao seu redor: as terras férteis, os grandes bosques, os minerais e o gado. Só podiam pensar no dinheiro, que sempre parecia faltar. Mas nunca questionaram o sistema. Eles acreditavam que o governo o estava controlando.
Alguns poucos tinham juntado seu dinheiro em excesso e formaram companhias de empréstimos ou "companhias financeiras". Podiam obter 6% ou mais, desta maneira, o que era melhor do que os 3% que Fabian pagava, mas só podiam emprestar o dinheiro que possuíam - não tinham o estranho poder de criar dinheiro do nada simplesmente registrando números em um livro.
Estas companhias financeiras de alguma maneira preocupavam Fabian e seus amigos, então eles logo formaram as suas próprias companhias. Na maioria dos casos, compraram as outras companhias antes de que começassem suas operações. Em pouco tempo, todas as companhias financeiras ou pertenciam a eles ou estavam sobre o controle deles.
A situação econômica piorou. Os assalariados tinham certeza de que os patrões estavam tendo muito lucro. Os patrões diziam que os trabalhadores eram muito preguiçosos e não estavam cumprindo honestamente seu dia de trabalho e todos culpavam a todos. Os governantes não podiam achar uma resposta, e além disso, o problema imediato parecia ser combater a crescente pobreza.
O Governo empreendeu então esquemas de previdência e fizeram leis forçando as pessoas a contribuírem com eles. Isto fez com que muitas pessoas ficassem irritadas - elas acreditavam na velha idéia de ajudar o vizinho voluntariamente.
"Estas leis não são mais do que um roubo legalizado. Tirar uma coisa de uma pessoa contra sua vontade, independente do propósito para o qual vai ser usado, não é diferente de roubar."
Mas cada homem sentia-se indefenso e temia a ameaça de ir para a cadeia se falhasse em pagar. No inicio, estes esquemas de previdência deram algum alívio, mas com o tempo o problema da pobreza agravou-se novamente e então era preciso mais dinheiro para a previdência. O custo destes esquemas elevou-se mais e mais e o tamanho do governo aumentou.
A maioria dos governantes eram homens sinceros tentando fazer o melhor possível. Eles não gostavam de pedir mais dinheiro ao seu povo e finalmente, não tiveram outra opção a não ser pedir dinheiro emprestado a Fabian e seus amigos. Eles não tinham idéia de como fariam para pagar esse empréstimo. A situação piorou, os pais já não podiam pagar professores para seus filhos. Não podiam pagar médicos e as empresas de transporte estavam falindo.
O governo foi forçado a assumir o controle desses serviços um por um. Professores, médicos e muitos outros tornaram-se servidores públicos.
Poucas pessoas estavam satisfeitas com os seus empregos. Recebiam um salário razoável mas perderam sua identidade. Converteram-se em pequenas engrenagens de uma maquinaria gigante.
Não havia espaço para a iniciativa pessoal, muito pouco reconhecimento para o esforço, sua renda era fixa e somente podia-se ascender quando um superior se aposentava ou morria.
Desesperados, os governantes decidiram pedir o conselho de Fabian. Consideravam-no muito sábio e parecia saber como resolver assuntos de dinheiro. Fabian os escutou explicarem todos os seus problemas, e finalmente respondeu, "Muitas pessoas não podem resolver seus próprios problemas - eles precisam de alguém que o faça por eles. Com certeza, vocês vão concordar que a maioria das pessoas tem direito a ser feliz e a ter o básico para viver. Um de nossos grandes ditados populares é "Todos os homens são iguais" - Não é verdade?
Bem, a única maneira de equilibrar as coisas é tomar o excesso de riqueza dos ricos e dá-lo aos pobres. Organizem um sistema de impostos. Quanto mais um homem tem, mais deve pagar. Arrecadem os impostos de cada pessoa segundo sua capacidade e dêem a cada um segundo sua necessidade. As escolas e os hospitais devem ser gratuitos para aqueles que não puderem pagá-los."
Ele lhes deu uma longa palestra sobre grandes ideais e concluiu dizendo: "Ah, a propósito, não se esqueçam de que me devem dinheiro. Estiveram me pedindo emprestado por muito tempo. O mínimo que posso fazer para ajudar, é que vocês só me paguem os juros. Nós deixaremos o capital como dívida, apenas me paguem os juros".
Saíram, e sem pensar muito sobre as filosofias de Fabian, introduziram o imposto gradativo sobre a renda: quanto mais você ganha, mais alta é a sua dívida fiscal. Ninguém gostou disso, mas ou pagavam os impostos ou iam para a cadeia.
Os novos impostos forçaram os comerciantes novamente a subirem os seus preços. Os assalariados exigiram salários mais altos o que causou que muitas empresas falissem, ou que substituíssem homens por maquinaria. Isso resultou em mais desemprego e forçou o governo a introduzir mais esquemas de previdência e mais seguros de desemprego.
Foram introduzidas tarifas e outros mecanismos de proteção para resguardar algumas indústrias, de maneira que mantivessem suas ofertas de emprego. Algumas pessoas perguntaram-se se o propósito da produção era produzir mercadorias ou simplesmente proporcionar empregos.
No entanto, as coisas ficavam cada vez piores. Tentaram o controle de salário, o controle dos preços, e toda classe de controles. O governo tentou conseguir mais dinheiro com impostos sobre as vendas, os salários, etc. Alguém observou que no caminho desde a colheita do trigo até a mesa nos lares, havia cerca de 50 impostos sobre o pão.
Muitos "peritos" se apresentaram e alguns deles foram escolhidos para governar, mas depois de cada reunião anual voltavam sem ter alcançado quase nada, exceto pela notícia de que os impostos deviam ser "reestruturados", mas sempre a quantidade total de impostos aumentava.
Fabian começou a exigir seus pagamentos de juros, e uma porção cada vez maior do dinheiro dos impostos era necessária para pagá-lo.
Então veio a política partidária - as pessoas discutiam sobre que grupo de governadores poderia solucionar da melhor maneira seus problemas. Discutiram sobre as personalidades, idealismo, os slogans... Sobre tudo exceto o problema real. Os Conselhos estavam com problemas.
Em uma cidade os juros da dívida excederam a quantidade de impostos que foram arrecadados em um ano. Em todo o pais os juros que não foram pagos continuaram aumentando - juros foi cobrado sobre os juros não-pagos.
Gradualmente, muita da riqueza real do pais foi comprada ou controlada por Fabian e seus amigos e com isso veio um maior controle sobre as pessoas. No entanto, o controle ainda não estava completo. Eles sabiam que a situação não estaria segura até que cada pessoa fosse controlada.
A maioria das pessoas que se opunha ao sistema era silenciada por pressão financeira, ou sofria o ridículo público. Para atingir isto, Fabian e seus amigos compraram a maioria dos jornais, televisão e estações de rádio. E escolheram cuidadosamente as pessoas que iam operá-las. Muitas destas pessoas tinham um desejo sincero de melhorar o mundo, mas nunca se deram conta de como eram usadas. Suas soluções sempre lidavam com os efeitos do problema, nunca com a causa.
Havia vários jornais diferentes - um para a ala direita, um para a ala esquerda, um para os trabalhadores, um para os patrões, e assim por diante. Não importava muito em qual você acreditasse desde que você não pensasse no problema real.
O plano de Fabian estava quase no final - o pais inteiro devia-lhe dinheiro. Através da educação e da Mídia, ele tinha o controle da mente das pessoas. Podiam pensar e crer apenas no que ele queria que pensassem.
Uma vez que um homem tem muito mais dinheiro do que ele pode gastar para seus prazeres, que desafio resta para excitá-lo?. Para aqueles que têm uma mentalidade dominante, a resposta é o poder - poder puro e completo sobre outros seres humanos. Colocaram idealistas nos meios de comunicação e no governo, mas os controladores reais que Fabian procurava eram os que tinham mentalidade de classe dominante.
A maioria dos ourives seguiram este caminho. Conheciam a sensação de grande abundância mas já não os satisfazia. Precisavam de desafios e emoção e o poder sobre as massas converteu-se em um grande jogo.
Acreditaram que eram superiores a todos os demais. "É o nosso direito e nosso dever governar. As massas não sabem o que é bom para elas. Precisam serem dirigidos e organizados. Governar é o nosso direito de nascimento".
Por todo o pais Fabian e seus amigos possuíam muitos companhias de empréstimos. Na verdade, eram de propriedade privada e de diferentes donos. Na teoria competiam umas com outras mas na verdade trabalhavam juntas. Despois de convencer alguns dos governadores, instalaram uma instituição que chamaram de Reserva Central de Dinheiro. Nem sequer usaram seu próprio dinheiro para fazer isto -criaram crédito contra uma parte dos depósitos das pessoas.
Esta instituição tinha a aparência de regular a fonte do dinheiro e ser uma instituição pertencente ao governo, mas estranhamente não se permitiu a nenhum governador ou servidor público ingressar à Junta Diretiva.
O governo deixou de pedir emprestado diretamente de Fabian, mas começou a usar um sistema de Bônus contra a Reserva Central de Dinheiro. A garantia oferecida era a renda estimada dos impostos do ano seguinte. Isto ajustava-se com o plano de Fabian -afastar as suspeitas de sua pessoa e desviar a atenção para uma aparente instituição do governo. Por baixo do pano, ele ainda tinha o controle.
Indiretamente, Fabian tinha tal controle sobre o governo que este era obrigado a seguir suas instruções. Fabian costumava gabar-se: "Deixem-me controlar o dinheiro de uma nação e não me importo com quem faz suas leis". Não interessava muito que partido era eleito para governar. Fabian tinha o controle do dinheiro, o sangue vital da nação.
O governo obtinha o dinheiro, mas o juros foram se acrescentado sempre em cada empréstimo. Cada vez mais se gastava dinheiro em esquemas de previdência e em seguros de desemprego, e não muito tempo depois, o governo se viu com dificuldades até para pagar os juros, sem falar do capital.
No entanto, havia mais pessoas que se perguntaram: "O dinheiro é um sistema feito pelo homem. Com certeza pode-se ajustar o sistema para pô-lo a serviço das pessoas, e não que as pessoas estejam a serviço do dinheiro". Mas cada vez havia menos pessoas que se faziam essa pergunta e suas vozes se perderam na louca procura do dinheiro inexistente para pagar os juros.
Os governos mudaram, os partidos políticos mudaram, mas as políticas de base continuavam. Sem importar que governo estava no "poder", o objetivo final de Fabian aproximava-se mais e mais cada ano. As políticas das pessoas não significavam nada. As pessoas pagavam com esforço os impostos, não podiam pagar mais. Amadurecia o momento para o movimento final de Fabian.
Dez por cento do dinheiro ainda estava sob a forma de notas e moedas. Isto tinha de ser eliminado de tal maneira que não despertasse suspeitas. Enquanto, as pessoas utilizassem dinheiro de contado, seriam livres de comprar e vender como quisessem -as pessoas ainda tinham algum controle sobre suas próprias vidas.
Mas não era sempre seguro carregar notas e moedas. Os cheques não eram aceitos fora da comunidade local, e portanto, procurou-se um sistema mais conveniente. Fabian tinha a resposta outra vez. Sua organização deu um pequeno cartão plástico a cada um onde mostrava-se o nome da pessoa, a foto e um número de identificação.
En qualquer lugar onde esse cartão fosse apresentado, o comerciante telefonaria para o computador central para controlar o crédito. Se tinha crédito, a pessoa poderia comprar o que desejasse; até certa quantidade.
No início, permitira-se que as pessoas gastassem uma quantidade pequena em crédito, e se ele era pago dentro do mesmo mês, não incidia juro nenhum. Isto estava bem para os assalariados, mas o quê aconteceria com os empresários?. Eles tinham que instalar máquinas, fabricar as mercadorias, pagar os salários etc. e vender todas suas mercadorias e logo depois pagar o crédito. Se excediam a um mês, eram taxados em 1,5% por cada mês que a dívida era acumulada. Isto chegava a 18% ao ano.
Os empresários não tinham nenhuma opção aliás de acrescentar 18% sobre o preço de venda. Mas todo esse dinheiro ou crédito adicional (18%) não tinha sido emprestado a ninguém. Em todo o pais os empresários tinham a impossível tarefa de pagar $118 por cada $100 que pediram emprestados -mas os $18 adicionais nunca tinham sido criados no sistema. Não existiam.
Fabian e seus amigos elevaram ainda mais sua posição social. Eram considerados pilares de respeitabilidade. Suas declarações em finanças e economia eram aceitas com convicção quase religiosa.
Sob a carga de impostos cada vez maiores, muitas pequenas empresas derrubaram-se. Licenças especiais eram necessárias para várias operações, de maneira tal que para as empresas restantes fosse muito difícil participar. Fabian possuía e controlava todas as grandes companhias que tinham centenas de subsidiárias. Estes pareciam competir entre si, no entanto Fabian controlava todas elas. Eventualmente, todos os outros competidores foram forçados a fechar suas portas. Os encanadores, os carpinteiros, os eletricistas e a maioria das indústrias pequenas sofreram igual destino -foram tragados pelas companhias gigantes de Fabian que tinham proteção do governo.
Fabian queria que os cartões plásticos substituíssem as notas e as moedas. Seu plano era que quando todas as notas fossem retiradas, somente os negócios que utilizassem o sistema de cartões ligados ao computador central poderiam funcionar.
Ele planejou que se alguém eventualmente perdesse seu cartão, estaria impossibilitado de comprar ou vender qualquer coisa até que se demonstrasse sua identidade. Ele queria impor uma lei, que lhe desse um controle total -uma lei que obrigasse a todas as pessoas a terem seu número de identificação tatuado na mão. O número seria visível somente sob uma luz especial, ligada a um computador. Cada um desses computadores estaria conectado ao computador central gigante e assim Fabian poderia saber tudo sobre todos.
A propósito, a terminologia usada no mundo financeiro para este sistema é "Reservas bancárias" (Fractional Reserve Banking). (NdoT: É um sistema onde os bancos privados e o banco central têm o monopólio do poder para gerar moeda corrente. O valor total dos depósitos em um banco, e portanto a quantia total de moeda que pode ser gerada por um banco, está limitado por um múltiplo das suas reservas. O banco central supervisiona os bancos privados para garantir que as reservas serão mantidas no nível requerido ou por cima dele.
A história que você acaba de ler, evidentemente, é ficção.
Mas, se você achar que é preocupantemente real e quer saber quem é Fabian na vida real, um bom começo seria um estudo das atividades dos ourives ingleses nos séculos XVI e XVII.
Por exemplo, o Banco da Inglaterra começou em 1694. O rei Guilherme de Orange estava em dificuldades financeiras como resultado de uma guerra com a França. Os ourives "emprestaram-lhe" 1,2 milhões de libras (uma quantidade impressionante naqueles dias) sob determinadas condições:
Os juros seriam 8%. Lembre-se que a Carta Magna indicava que cobrar juros era crime passível de morte. O Rei devia conceder aos ourives uma carta para o Banco que lhes dava o direito de emitir crédito.
Antes disso, suas operações de emitir recibos por mais dinheiro do que tinham depositado eram totalmente ilegais. A carta do rei tornou-as legais.
Em 1694 William Patterson obteve a carta para o Banco da Inglaterra.
© Larry Hannigan, Australia

Citações:
Enciclopédia Britannica, 14 ed. -
"Os Bancos criam crédito. É um erro pensar que o crédito dos bancos é criado em parte pelos depósitos de dinheiro dentro dos Bancos. Um empréstimo realizado por um banco é uma adição clara à quantidade de dinheiro na comunidade".

Lord Acton, Lord chefe de Justiça da Inglaterra, 1875 -
"A batalha que vem se infiltrando sob os séculos e terá de ser lutada mais cedo ou mais tarde é as Pessoas vs. os Bancos".

Mister Reginald McKenna, presidente do Banco de Midland em Londres -
"Estou assustado, já que os cidadãos comuns não vão gostar de saber que os bancos podem gerar e destruir dinheiro a vontade. E que os bancos controlam o crédito da nação, controlam a política dos governos e têm nas suas mãos o destino das pessoas".

Sr. Phillip A. Benson, presidente da Associação dos Banqueiros Americanos, em 8 de junho de 1939 -
"Não há maneira mais direta de se obter o controle de uma nação do que através de seu sistema de crédito (de seu dinheiro)".

Revista do banqueiro dos EUA, de 25 de agosto de 1924 -
"O capital deve proteger-se a si mesmo de todas as maneiras possíveis, por combinação e legislação. As dívidas, os bônus e hipotecas devem ser cobrados o mais rápido possível. Quando pelos processos da lei, as pessoas perderem seus lares, elas se tornarão mais dóceis e se governará mais facilmente sob a influência do braço forte do governo, aplicado por uma potência monetária central sob o controle dos principais financistas.
Esta verdade é bem conhecida entre nossos principais homens agora empenhados em formar um império financeiro para governar o mundo.
Dividindo os votantes através do sistema político partidário, podemos fazer com que percam sua energia na luta por questões sem importância real. Assim, por meio de ações discretas podemos assegurar para nós o que tem sido tão bem planejado e executado com tanto sucesso".

Sir Denison Miller -
durante uma entrevista em 1921, quando lhe preguntaram se ele, através do Banco da Commonwealth, havia financiado a Austrália durante a primeira guerra mundial por $700 milhões, ele respondeu: "Assim foi, e eu teria podido financiar o pais por uma quantia semelhante e permitir que a guerra continuasse" Preguntado se essa quantidade de dinheiro estava disponível para os propósitos produtivos nesta época de paz, ele respondeu: "Sim".


De "Entregue O Nosso Botim" (Hand Over Our Loot), No. 2, por Len Clampett:
"Há quatro coisas que devem estar disponíveis para que o trabalho pago se realize:
O trabalho a fazer.
Os materiais para fazer o trabalho.
A mão de obra para fazer o trabalho.
O dinheiro para pagar o trabalho que vai ser feito.
Se quaisquer dessas quatro coisas faltar, nenhum trabalho pago pode se realizar. É um sistema naturalmente auto-regulador. Se há trabalho para fazer, o material está disponível e as pessoas estão dispostas a fazê-lo, tudo o que nós temos de fazer é criar o dinheiro. Absolutamente simples".
"Pergunte-se por que se sucederam as depressões econômicas. A única coisa que faltava na comunidade era o papel-moeda para comprar mercadorias e serviços. A mão de obra está disponível. O trabalho para realizar ainda estava lá. Os materiais não haviam desaparecido e as mercadorias estavam facilmente disponíveis nos comércios ou podiam ser produzidas em troca de dinheiro".

Excerto de uma carta escrita por Rothschild Brothers de Londres a uma firma de banqueiros de Nova York em 25 de junho de 1863:
"As poucas pessoas que podem entender o sistema (dinheiro em cheques e créditos) vão estar tão interessados em seus benefícios ou vão ser tão dependentes dele, que não farão a menor oposição. Por outro lado, a maioria das pessoas mentalmente incapaz de compreender a enorme vantagem que o capital extrai do sistema, carregará sua carga sem se queixar e talvez sem suspeitar que o sistema é hostil (inimigo) a seus interesses".

A seguinte citação foi reimpressa no "Idaho Leader", EUA em 26 de agosto de 1924, e foi lida em Hansard duas vezes: na primeira, por John Evans M.P. em 1926, e na segunda, por M.D. Cowan M.P., na sessão de 1930-1931.
En 1891 uma circular confidencial foi enviada aos banqueiros americanos e a seus agentes, contendo as seguintes declarações:
"Autorizamos nossos agentes de empréstimo nos estados ocidentais a emprestar nossos fundos com garantia de propriedades imobiliárias, com vencimento em 1º de setembro de 1894, e não depois dessa data.
Em 1º de setembro de 1894, não renovaremos nossos empréstimos sob nenhuma condição.
Em 1º de setembro vamos exigir nosso dinheiro - executaremos as hipotecas e nos faremos credores em posse das terras.
Podemos tomar duas terças partes das fazendas a oeste do Mississippi e milhares delas a leste do grande Mississippi também, fixando nosso próprio preço.
Poderemos também tomar posse de três quartos das fazendas do oeste e o dinheiro de todo o pais.
Então os fazendeiros vão ser arrendatários, como na Inglaterra". (N.doT.: arrendar=alugar, os fazendeiros perdiam a posse de suas terras por meio desta manobra, e ficavam obrigados a "alugar" terras para trabalhá-las, pagando o aluguel correspondente aos banqueiros).
De "Entregue O Nosso Botim", No. 2
Nos Estados Unidos, a emissão de dinheiro é controlada pela Junta da Reserva Federal. Este não é um departamento do governo, mas uma Junta de Banqueiros Privados. A maioria de nós acreditaria que a reserva federal é uma instituição federal do governo nacional... Isto não é verdade... em 1913, o presidente Woodrow Wilson assinou o documento que criou a reserva federal, e condenou o povo norte-americano à escravidão por dívidas até que chegue o momento em que o povo acorde de sua letargia e derrube esta tirania viciosa"...
"Para entendermos como funciona a emissão do dinheiro em uma comunidade, podemos exemplificar comparando o dinheiro em na economia com as passagens em um sistema ferroviário. Os bilhetes são impressos por uma gráfica que é paga pelo seu trabalho. A gráfica nunca reivindica a propriedade dos bilhetes... E não podemos imaginar que uma companhia ferroviária se negue a garantir a viagem a nenhum passageiro só porque não foram impressos a quantidade suficiente de bilhetes. Com o mesmo raciocínio, um governo nunca deveria negar às pessoas o acesso ao comércio normal, excluindo-as da economia, dizendo "que não tem dinheiro suficiente".

Suponha que o governo peça emprestado $10 milhões aos bancos. Aos banqueiros custa somente algumas centenas de dólares imprimir os fundos e uns poucos mais para fazer a contabilidade. Você acha justo que nossos cidadãos devam lutar para conseguir cada centavo para manter seus lares e famílias juntas, enquanto os banqueiros engordam com estes benefícios?
O credito gerado por um Banco do Governo é melhor do que o crédito criado pelos Bancos Privados, porque no há necessidade de recuperar o dinheiro através do arrecadamento de impostos às pessoas e não há nenhum juro associado que aumente os custos. As obras públicas feitas com o crédito do Banco do Governo é o ativo que substitui o dinheiro criado quando o trabalho finaliza.

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Sorriso


Um sorriso não custa nada e rende muito.
Enrriquece quem o recebe e não empobrece quem o dá.
Dura somente um estante e sua recordação é quase eterna.
Ninguem é tão rico que possa dispensar.
Ninguem é tão pobre que não pode dar.
Cria felicidade no lar; é sustento no trabalho; sinal visível de uma amizade profunda.
Um sorriso representa repouso no cansaço; coragem no desânimo; consolo na tristeza; e alívio na angústia.
É um bem que não se pode comprar, nem emprestar, nem roubar, porque só tem valor no instante em que se dá.
Se encontrar, por acaso, alguem que recusa um esperado sorriso, seja generoso em dar o seu, pois ninguem tanto necessita dele como aquele que não sabe dá-lo aos demais.


Felizzz!!!!!


Beijos no (L)

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Espaço. Amplitude. Vazio. Imensidão.


ilhagrande.jpg

Tinha achado finamente que meu equilíbrio estava conseguido
Mas hoje percebi que isso não passou de um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza.
Estou sentindo as batidas do meu coração nas mãos, e tento organizar meu pensamento.
Sinto que voltei pro zero...

[!] Ainda há um caminho a percorrer...

quarta-feira, 5 de abril de 2006

A relatividade do eterno

A relatividade do Eterno

Quando a vida te surpreende com distância e momentos não esperados, você se olha e vê que nem tudo, é como se espera. Nem todos os seus planos, se constroem como você desejava. Nem todo amor, é eterno desde o primeiro momento. A união da família nem sempre suporta a todas as brigas e desavenças, assim, chega-se ao momento em que você nem entende, o que é pra sempre. Qual a concepção de felicidade eterna?Aonde você encontra sustância pra continuar lutando e levando aquilo que se ama até o fim? Bom, a resposta sempre está dentro de você. Existem aqueles, que por um lado são ignorantes.Principalmente em dizer que nada é pra sempre. Como nada pode ser pra sempre, se quando uma pessoa querida falece, ela se torna eterna no coração de todas as pessoas que a amaram. Como uma história bem vivida não é eterna, se ela é contada em todas as gerações e épocas? Bom, a idéia que eu tenho de “eterno” é algo que ás vezes se torna relativo, mas se têm com um propósito de que precisa querer pra que ele seja realmente, eternizado. Um grande amor, não morre. Ele prevalece se forte, bem alimentado e desejado. Uma amizade bem conquistada e sincera, passa por todos os obstáculos, mesmo tendo motivos difíceis de serem vividos e até perdoados. Nada do que você não quer que seja esquecido, vai embora assim, com o passar dos anos e do vento. Lute e conquiste seriamente, que terás boas lembranças e viveres eternos. Sejam razões, pensamentos, histórias , amizades e até um grande amor. Quem realmente ama com todo coração e alma, tem por si mesmo, força pra que ele não acabe. Tem a vontade que o torna maior a cada segundo, e lógico, faz com que as palavras sejam desnecessárias só pela força que o consome. Assim, a eternidade se torna companheira dos momentos bons. Então, faça com que tudo que você tem por querido e amado, seja levado pra sempre. Faça com que o amor que você sente, irradie multidões, leve aqueles que não tem crença, a vontade de serem maiores e cada vez melhores. Não apague a luz que te dá esperança, ela que te faz crescer e viver mais, a cada segundo que passa.

Juliana Lissi Gouveia

Acho q depois do texto não tenho mais nada pra comentar, não é mesmo??
O texto não é meu, mas foi improssível não coloca-lo aqui.
Quero agradecer ao Juaum q elogiou os meus textos =], amo esse moço!

Beijoks no (L).

quarta-feira, 29 de março de 2006

Ausência

Ausência

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Sinto agora são meus sentimentos mais aguçados, minha sensibilidade mais apurada e meu equilíbrio, conseguido.
Mas tudo o que queria neste momento era um sentimento gostoso, um despertar saboroso para um novo dia.
Quero um prazer sem limite, uma felicidade, um alguém q realmente valha a pena.
Quero um sossego pra minha alma
Quero um alguém...

segunda-feira, 20 de março de 2006

Destino

Destino: sucessão de fatos que podem ou não ocorrer, e que constituem a vida do homem, considerados como resultantes de causas independentes de sua vontade.

Pois é, nada melhor do que o destino pra resolver a vida da gente, não que a gente tenha q ficar sentado vendo ele fazer tudo sozinho, mas acho q por mais que a gente queira, so final das contas, vai sair tudo do jeitinho que ele planejou.

Ahhh, e eu to adorando essa minha vida agora... sem dor, sem choro, aprendi realmente a dar valor as coisas simples da vida e to muuuito feliz por isso!! Por muito tempo eu tive a fantasia de que eu tinha q ser muito perfeita, mas ultimamente tenho que questionado muito sobre o que é ser normal e vejo que estou no caminhao certo, mas o q importa mesmo é q eu to aceitando a ser eu, não prego o q eu não faço e também odeio servir de exemplo.

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“Porque todas as estrelas
Estão desaparecendo
Apenas tente não se preocupar
Você as verá algum dia
Pegue o que você precisa
E siga seu caminho
E pare de chorar e de se preocupar”

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. to com vontade de alguém =~~

quarta-feira, 8 de março de 2006

A porta do lado

É quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping). Em vez de simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia. Esta história de dois carros alinhados, impedindo a abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de algumas pessoas melhor, e de outras, pior. Tem gente que tem a vida muito parecida com a de seus amigos, mas não entende por que eles parecem ser tão mais felizes. Será que nada dá errado pra eles? Dá aos montes. Só que, para eles, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor diferença. O que não falta neste mundo é gente que se acha o último biscoito do pacote. Que "audácia" contrariá-los! São aqueles que nunca ouviram falar em saídas de emergência: fincam o pé, compram briga e não deixam barato. Alguém aí falou em complexo de perseguição? Justamente. O mundo versus eles. Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também. É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema solúvel. E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser resolvidos assim, rapidinho. Basta um telefonema, um e-mail, um pedido de desculpas, um deixar barato. Eu ando deixando de graça... Pra ser sincero vinte e quatro horas têm sido pouco pra tudo o que eu tenho que fazer, então não vou perder ainda mais tempo ficando mal-humorado. Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e gente idem; pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia. Então eu uso a "porta do lado" e vou tratar do que é importante de fato. Eis a chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do bom humor, a razão por que parece que tão pouca coisa na vida dos outros dá errado." Quando os desacertos da vida ameaçarem o seu bom humor, não estrague o seu dia... Use a porta do lado e mantenha a sua harmonia. Lembre-se, o humor é contagiante - para o bem e para o mal - portanto, sorria, e contagie todos ao seu redor com a sua alegria. A "Porta do lado" pode ser uma boa entrada ou uma boa saída...

Drauzio Varella

domingo, 19 de fevereiro de 2006

Changes


Olhando para trás, concluo que foi um tempo de luto, de balanço, de reflexão, de reavaliação, de reconstrução e, sobretudo, de mudanças. Apesar de todo o sofrimento, arrisco dizer que, esse tempo foi positivo, já que entrei em contato com um mundo do qual eu desconhecia a existência. Mas o processo ainda está em andamento...Aprendi a valorizar ainda mais os meus amigos, pessoas tão queridas e amadas. Tornei-me um POUCO menos impaciente, principalmente comigo mesma, a não me cobrar tanto. E o mais importante: curti muito a minha própria companhia, o silêncio é realmente um grande amigo, um verdadeiro caminho para a consciência das coisas...Neste iniciozinho de melhora, posso afirmar também que deixei decididamente o passado para trás. E lamento pelas escolhas vazias e pela "perdição" - no sentido de "estar perdida" - de uma pessoa que foi tão importante para mim. Muitas vezes, escolhe-se um caminho aparentemente repleto de companhias e aventuras para maquiar uma grande solidão e uma ausência de projetos. Já eu sigo em busca de sonhos e realizações completamente opostas. Hoje vejo que foi bem melhor assim, andarmos em caminhos distintos. Por isso, passado esse tempo, percebo que só tenho a agradecer a essa pessoa.Por ora, vejo-me envolvida com decisões a cerca da minha vida profissional, tateando e "espiando" as opções que estão a minha frente, agora também mais atenta às pessoas a minha volta. Apesar de muito esperta, ainda sou muito inocente quando o assunto é "bondade" - tendo sempre a acreditar que os outros têm bom coração, mas na vida real, mesmo longe do mato, há sempre cobras pelo meio do caminho tentando enlaçar nossas pernas, desprovidas de brilho próprio e, por esse motivo, sempre prontas a dar o bote e escorrer veneno. Apesar da desilusão, da perda de certos sentimentos primordiais para a vida humana, creio que isso é só momentâneo e que irei conseguir restabelecer esses sentimentos. Só não vou usa-los como sempre usei, não me arriso a passar por isso tudo novamente, como meu amigo Márcio, adotei a tática dos covardes, a tática do desapego.

"Depois do fim secar as lágrimas, que seja assim, são aguas passadas"

domingo, 12 de fevereiro de 2006

Me vejo triste por não conseguir ressuscitar..


Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém" (John Lennon)

Tentando colocar isso tudo na minha cabeça...
Sem nenhuma expectativa de melhora...

O bom de chegar no fundo do poço, é q a única saída é pra cima...

domingo, 5 de fevereiro de 2006

My bitter reality

My bitter reality makes me stop for a while.
Another day is passing' by
But i still feel the same.
The pain inside is growing
Now it's too big to hide.
Like the pain, I'm growing too
And i can't go with her ...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

Lovers always come and lovers always go...

Foda essa necessidade que eu tenho das pessoas, não, não é exagero, essa palavra diz exatamente o q eu tenhu -necessidade-.

O "mais maravilhoso" é eu me fazendo de indiferente, criando um sistema de simulação para ocultar a falta que as pessoas me fazem. Talvez seja uma maneira de me proteger, e de não me sentir tão vulnerável as mudanças.
MUDANÇA! Não há necessidade maior que nos acompanhe; não há fardo maior que carreguemos. Mudança... A obrigação que nos prende e solta um fio de insatisfação na existência repetitiva.

Os amigos vem e vão, e é isso que eu tenho que colocar na minha cabeça.
Sinto uma falta inexplicavel quando eles desaparecem ou quando por algum motivo eu não os vejo mais.

ODEIO QUANDO ISSO ACONTECE!!!

Sentir falta de alguém é muito ruim, acho que deveria ter um limite pra saudade...As pessoas esquecem que quando elas estão longe, as outras, além de sentirem falta, depois de um tempo, também se acostumam a viver sem elas.

E eu tentando me passar por prudente...tudo fachada.
Vontade de chorar, vontade de gritar pra todos o quanto eles são importantes pra mim...

Mas deixa quieto...preciso ver as coisa como elas são: passageiras...

Amigos, amo vcs!

Ps.: O "mais maravilhoso" foi pro Fábio, que fez despertar me mim essa minha "necessidade".


quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

Use filtro solar!!

Filtro Solar

"Nunca deixem de usar filtro solar!
Se eu pudesse dar uma só dica sobre o futuro,seria esta: use filtro solar. Os benefícios a longo prazo do uso de filtro solar estão provados e comprovados pela ciência; já o resto de meus conselhos não tem outra base confiável além de minha própria experiência errante. Mas agora eu vou compartilhar esses conselhos com vocês. Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a beleza da juventude. Ou, então, esquece... Você nunca vai entender mesmo o poder e a beleza da juventude até que tenham se apagado. Mas, pode crer, daqui a vinte anos, você vai evocar as suas fotos e perceber de um jeito - que você nem desconfia hoje em dia quantas tantas alternativas se lhe escancaravam à sua frente, e como você realmente tava com tudo em cima. Você não é tão gordo(a) quanto pensa! Não se preocupe com o futuro. Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra. As encrencas de verdade de sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada, e te pegam no ponto fraco às quatro da tarde de uma terça-feira modorrenta. Todo dia enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade. Cante. Não seja leviano com o coração dos outros. Não ature gente de coração leviano. Use fio dental. Não perca tempo com inveja. Às vezes se está por cima, às vezes por baixo. A peleja é longa e, no fim, é só você contra você mesmo. Não esqueça os elogios que receber. Esqueça as ofensas. Se conseguir isso, me ensine. Guarde as antigas cartas de amor. Jogue fora os extratos bancários velhos. Estique-se. Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida. As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam, aos vinte e dois, o que queriam fazer da vida. Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem. Tome bastante cálcio. Seja cuidadoso com os joelhos. Você vai sentir falta deles. Talvez você case, talvez não. Talvez tenha filhos, talvez não. Talvez se divorcie aos quarenta, talvez dance ciranda em suas bodas de diamante. Faça o que fizer, não se auto-congratule demais, nem seja severo demais com você. As suas escolhas tem sempre metade das chances de dar certo. É assim pra todo mundo. Desfrute de seu corpo. Use-o de toda maneira que puder. Mesmo. Não tenha medo de seu corpo ou do que as outras pessoas possam achar dele. É o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir. Dance. Mesmo que não tenha aonde além de seu próprio quarto. Leia as instruções, mesmo que não vá segui-las depois. Não leia revistas de beleza. Elas só vão fazer você se achar feio. Dedique-se a conhecer os seus pais. É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez. Seja legal com seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu passado e possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro. Entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons. Esforce-se de verdade para diminuir as distâncias geográficas e de estilos de vida, porque quanto mais velho você ficar, mais você vai precisar das pessoas que conheceu quando jovem. More uma vez em Nova York, mas vá embora antes de endurecer. More uma vez no Havaí, mas se mande antes de amolecer. Viaje. Aceite certas verdades inescapáveis: Os preços vão subir. Os políticos vão saracotear. Você, também, vai envelhecer. E quando isso acontecer, você vai fantasiar que quando era jovem, os preços eram razoáveis, os políticos eram decentes, e as crianças, respeitavam os mais velhos. Respeite os mais velhos. E não espere que ninguém segure a sua barra. Talvez você arrume uma boa aposentadoria privada. Talvez case com um bom partido. Mas não esqueça que um dos dois pode de repente acabar. Não mexa demais nos cabelos senão quando você chegar aos quarenta vai aparentar oitenta e cinco. Cuidado com os conselhos que comprar, mas seja paciente com aqueles que os oferecem. Conselho é uma forma de nostalgia. Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo, repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale. Mas no filtro solar, acredite!"

[Pedro Bial]

Eeeee, primeiro post do ano aqui no blog...
Sim, to sem inspiração...
Sim, adorei esse texto...
Sim, mil coisas na cabeça...
Sim, não sei o q fazer (pra variar)...
Sim, to confusa...
Sim, to amando o convívio com meus amigos...
Sim, to gostandu muito (L)(L)(L)....

Aff... mil coisas \o/\o/