sábado, 24 de dezembro de 2005

Ao sabor do acaso, apesar dos pesares...

Li um texto q dizia que só era livre quem corria riscos, no princípio não achei ele um dos melhores, mas lendo pela décima vez vi q ele tinha razão. Só a pessoa q se permite correr riscos, que aposta em alguma coisa mesmo não sabendo se vai ou não dar certo, só essas pessoas são realmente livres. Pessoas que não ficam se reprimindo, preocupando se o que estão fazendo é ou não o certo. Gente chata essa que tenta fazer tudo certo sempre! Gente que quer ser séria e profunda! A vida já é um caos e a gente ainda fica fazendo dela um tratado de Schopenhauer? Ria dos seus próprios defeitos, tire sarro das suas inabilidades. Deixe o medo de lado e pelo menos tente fazer aquilo que você quer, mas não sabe por que, ou talvez até saiba, não faz. É muito ruim convivermos com pessoas que tem sempre uma resposta sensata, que tem sempre um conselho pra tudo, mas não sabem como se divertir no fim de semana. É bem comum gente q fica perdida quando se acabam os problemas. É muito mais cômodo pra gente deixar de fazer alguma coisa para nos pouparmos. É bem mais fácil deixar as coisas como estão para não termos problemas mais tarde, só q a vida não anda desse jeito, vamos correr atrás do que nos faz feliz. A realidade já é dura, ficar muito pior se for densa. Arriscar é legal, entendeu?
Esqueça tudo que te falaram sobre o que é certo; o que é certo para uma pessoa pode não ser certo pra você, e nem sempre o que deu errado antes, vai dar errado hoje também.
Veja e sinta as coisas como elas são: passageiras.
A briga, a dívida, a dor, a raiva, tudinho vai passar, então pra que tanta gravidade?
A pior coisa que existe é a gente deixar de fazer as coisas que gostamos por medo, medo de se machucar, medo de chorar, medo de parecer idiota, criança.
Amar e correr o risco de não ser correspondido, viver e correr o risco de morrer, confiar e correr o risco de se decepcionar, tentar e correr o risco de fracassar.
Não vive quem se economiza, quem quer felicidade parcelada em 24 vezes sem juros, aliás, ser feliz nem está em pauta, o q está é a nossa busca, a caça incessante ao que nos é essencial. Isso é tão simples, porém o simples nunca foi fácil, muito menos para quem possui um coração no lugar onde tantos possuem uma pedra de gelo.
Os riscos devem ser corridos, porque, muito pior do que não se machucar, é não arriscar nada. Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, podem até não correr riscos, mas não conseguem nada, não tem nada e não são nada.
Defenda seus sonhos e idéias na frente de multidões, e corra o risco de perder as pessoas por suas atitudes, mas não se priva da sua liberdade, não vire um escravo.
E na dúvida: FAÇA! Não desista de saber o sabor do acaso, apesar dos pesares.
Esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

Se eu soubesse antes o que sei agora, erraria tudo exatamente igual.

Um comentário:

Anônimo disse...

Huuummm... Esse texto não me é estranho...rs. Mas eu concordo muito com ele, porque do início da minha vida até agora a pouco, sempre fui uma pessoa chata e muito disciplinada, sempre se preocupando excessivamente com as coisas que acontecem ao meu redor. Fazia isso na esperança de ir aniquilando meus problemas um a um, e ,acredite, foi uma busca infrutífera. Quero dizer, nenhuma busca é infrutífera. Graças a isso, colhi muita experiência e conhecimento das coisas, mas joguei fora momentos e momentos de pura alegria. É muito melhor viver tresloucadamente! Tenho buscado me alegrar nas coisas mínimas da vida, e tenho até temido um pouco por mim por estar procurando fazer isso, pois é algo viciante. Simplesmente você procura viver sem se preocupar com certas coisas que não adiantam se preocupar mesmo. Como uma espécie de positivista, creio que as coisas vão se ajustar por si mesmo, isto é, se tiverem de ser ajustadas. O sistema é forte demais para ser quebrado apenas com idéias que brotam da minha cabeça. Se as coisas não se ajustarem, paciência! Todos somos culpados e reponsáveis pelo mundo onde vivemos. De fato, a sensação de liberdade é espantosa! Ficamos mais leves, sem carregar esse pesado fardo de doutrinar o mundo sozinho... Sem contar que passamos a nos sentir muito menos sozinhos no mundo. Passamos a curtir momentos de nossa vida que anteriormente, para nós, era apenas um outro momento qualquer sem graça alguma. Mas toda essa sensação tem um certo limite que não deve ser ultrapassado para nos preservar de fazer o que é moralmente certo... Quando dizem que o mal é sedutor, eu entendo o que é isso agora... Fazer qualquer coisa movida pelo nosso simples desejo de fazer, sem a presença doutrinadora do que é certo. É a sensação máxima de liberdade! Se ultrapassarmos essa linha em nossa vida, podemos nos perder do que nós somos por dentro, que é a nossa essência. Eu tenho dado uns "namoricos" com esse meu lado... Aliás, acho que todo ser humano acaba flertando com esse lado obscuro, mais cedo ou mais tarde. Afinal, todos nós temos um animal por dentro que quer saciar seus desejos sem controle. Acho que, desde que não façamos do mundo um "tratado de Schopenhauer" sem fazer também do mundo um caos, tudo fica muito bem... Acho que é o que devemos fazer. Afinal, "a moderação em tudo é boa", já dizia Salomão antigamente. Eu, como pessoa que viveu a maior parte de sua vida preso a diversos conceitos e que só comecei a passar por processo de mudança depois que conheci certas pessoas, pouco tempo atrás, tenho autoridade para concordar com tudo o que está escrito nesse BLOG... E é claro que a vida é arriscar... Quando arriscamos, entramos na possibilidade do erro, e quando erramos, lembramos da nossa humanidade... E nada mais belo do que a humanidade! É contraditório, mas concordo. A liberdade está no fato de arriscar, porque quem arrisca não tem medo do que pode acontecer, e quem tem medo está preso nesse tão tenebroso sentimento. Por isso que já tinha dito antes que quem ama muito é, antes de tudo, um bravo, pois sabe que convive com o fato de ter seu amor traído... Não tem medo de que isso aconteça, ou até tem medo, mas sabe conviver com o sentimento. Existe algo mais humano do que isso? Quem vive com toda essa liberdade vive muito intensamente, sem castrar tudo aquilo que a vida pode proporcionar... Na teoria tudo é muito simples, não é, Karina? Na hora da prática que o bicho pega...Beijos!